João Galamba tem uma versão. Frederico Pinheiro outra. Ainda há muitas incertezas, mas as peças começam a encaixar, incluindo a participação do SIS.
PSP, PJ e SIS foram chamadas a atuar a propósito dos incidentes ocorridos no Ministério das Infraestruturas. Mas a atuação destas forças (e quem as acionou) varia de acordo com quem está a contar a história.
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Segundo a versão de Frederico Pinheiro, no dia 26 de abril dirigiu-se ao seu gabinete para recuperar o computador portátil que usava (foi exonerado num telefonema). E está confirmado por ambas as partes que levou o computador profissional para casa. Entretanto, foi chamada a PSP ao local. E aqui as versões diferem. Segundo Frederico Pinheiro, foi o mesmo que chamou a Polícia de Segurança Pública depois de ter sido impedido de sair do edifício. Mas o ministro das Infraestruturas afirma que foram as quatro mulheres que estavam no edifício que ligaram para o 112 a pedir ajuda. Estariam, alegadamente, escondidas na casa de banho depois de terem sido agredidas pelo adjunto.
Aqui está um dos momentos mais insólitos da noite. A ser verdade que foram as assessoras que chamaram a polícia, como saiu Pinheiro com o computador e sem ter sido detido depois das alegadas agressões? No entanto, Galamba reforçou que estas ocorreram, com a presença de uma das alegadas agredidas, este sábado em conferência de imprensa. Frederico explica que depois de ter ido buscar os seus pertences ao gabinete quatro pessoas tentaram agarrá-lo, dizendo que ele não podia estar ali nem levar o computador. Tendo conseguido, segundo o próprio, sair do gabinete, desceu à garagem para se ir embora, referiu à SIC. A garagem estaria trancada e ele chamou a polícia para permitir que saísse.
Tanto a Polícia Judiciária como o SIS não foram chamados a intervir no Ministério, mas sim posteriormente. Segundo Galamba, depois de contactar o primeiro-ministro e a ministra da Justiça, Galamba informou a PJ e o SIS do alegado roubo do portátil. Terá sido o SIS que se dirigiu a casa do adjunto para recuperar o equipamento roubado.
Pinheiro afirma que o mesmo contactou os serviços do Governo para saber os moldes em que devia entregar o equipamento. E de facto entregou o portátil às autoridades que foram a sua casa, segundo a versão de ambos.
Mas o que justifica a atuação dos Serviços de Segurança? Alegadamente, o computador em causa tinha informações classificados pelo Gabinete Nacional de Segurança (GNS). O ministro afirmou que apesar de Pinheiro não ter acesso aos documentos classificados, sentiu a necessidade de os recuperar. Especialista sublinhou àSÁBADOque o Ministério das Infraestruturas é um daqueles que lida com informação mais sensível e que neste momento inclui dados sobre a TAP que está em processo de venda. "É um assunto tão sensível que pode ser tratado como espionagem comercial", refere. O jornalExpresso apurou que um dos documentos que está classificado por este Gabinete é o Plano de Reestruturação da TAP, negociado entre o Estado português e a Comissão Europeia.
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