O antigo líder do CDS-PP Manuel Monteiro, que abandonou os centristas para criar o partido da Nova Democracia, entretanto extinto, admitiu a hipótese de voltar ao partido.
O porta-voz da tendência Esperança em Movimento (TEM) defendeu esta terça-feira que o regresso de Manuel Monteiro ao CDS-PP é "muito bem-vindo", encarando essa possibilidade com "muita alegria e naturalidade".
"É muito bem-vindo. Encaramos isso com muita naturalidade e alegria. No espírito de unir para crescer, como foi o 'slogan' da presidente do partido no último congresso, só pode ser bem acolhido de volta à sua casa", disse à Lusa Abel Matos Santos.
O antigo líder do CDS-PP Manuel Monteiro, que abandonou os centristas para criar o partido da Nova Democracia, entretanto extinto, admitiu, numa entrevista àSIC, a hipótese de voltar ao partido.
Para Abel Matos Santos, que convidou Manuel Monteiro para várias iniciativas da TEM, o antigo líder centrista "é um democrata-cristão" que "dedicou a sua vida ao partido" e relativiza que tenha saído do CDS para fundar a Nova Democracia.
"O professor Manuel Monteiro já disse que foi um erro [fundar a Nova Democracia]. Quem não tiver telhados de vidro que atire a primeira pedra. O Paulo Portas teve o 'irrevogável', que foi uma coisa que podia ter sido gravíssima para o país", sustentou.
Também o conselheiro nacional e ex-deputado do CDS Raúl Almeida defendeu hoje que é tempo de o partido "sarar velhas feridas", admitindo uma refiliação de Manuel Monteiro.
"Não devemos esquecer que não há 'portismo' sem 'monteirismo' e é o tempo de sarar velhas feridas e de o partido se reconciliar com o seu passado", disse àLusaRaul Almeida, que foi eleito para o Conselho Nacional do CDS na lista encabeçada por Filipe Lobo D'Ávila no último Congresso.
Na entrevista à SIC, Manuel Monteiro disse não ter sido convidado para estar presente na homenagem a Adriano Moreira, que decorrerá no sábado, no primeiro dia da reunião magna centrista.
O antigo líder do CDS afirmou que gostaria de ter sido convidado e que, nesse caso, iria ao Congresso, embora considerando "perfeitamente natural que a presidente do CDS tenha entendido convidar apenas os presidentes que ainda são filiados" no partido.
"Creio que a presidente do CDS pode ter pensado que isso ia reavivar algum tipo de confrontos ou conflitos entre mim e o dr. Paulo Portas e, portanto, admito que queira ter ficado equidistante desse tipo de conflito", afirmou.
O antigo presidente do CDS disse ter "muitos pontos em comum" com as ideias defendidas na moção da Juventude Popular e na moção da tendência "Esperança em Movimento", de Abel Matos Santos, elogiando igualmente a moção sectorial de Nuno Melo sobre Europa.
"Tem uma linha ideológica clara de que somos europeístas, não somos federalistas", declarou, razão pela qual votará no CDS nas europeias, tal como votou nas autárquicas em Lisboa.
Quanto às legislativas, afirmou: "Vamos ver".
O CDS reúne-se no 27º Congresso no sábado e domingo, em Lamego.
Abel Matos Santos diz que Manuel Monteiro é "muito bem-vindo" de regresso ao CDS
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