Discussão ocorreu depois de o presidente ucraniano ter anunciado que não irá ceder o seu território à Rússia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou este sábado que discutiu a "situação diplomática" sobre a Ucrânia com o homólogo francês, Emmanuel Macron, por telefone, antecedendo a cimeira dos líderes da Casa Branca e do Kremlin na próxima sexta-feira.
Zelensky e Macron discutem situação diplomática antes de encontro Trump-PutinAP Photo/Michel Euler)
"Trocámos opiniões sobre a situação diplomática", disse Zelensky nas redes sociais, acrescentando que "é realmente importante que os russos não consigam enganar ninguém novamente".
Na sua mensagem, o presidente ucraniano sublinhou que “todos precisam de um fim genuíno para a guerra”, bem como de “bases de segurança fiáveis para a Ucrânia e outras nações europeias”.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, revelou este sábado que também discutiu os últimos desenvolvimentos diplomáticos sobre o conflito na Ucrânia com Zelensky.
Em comunicado, Starmer anunciou uma reunião de conselheiros de segurança nacional europeus e norte-americanos hoje em Londres promovida pelo chefe da diplomacia britânica, David Lammy, e pelo vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, dedicada à Ucrânia.
Esta reunião será "uma oportunidade crucial para discutir os progressos necessários para alcançar uma paz justa e duradoura" na Ucrânia, considerou Starmer.
Esta ronda de contactos sucede logo após o presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado na sexta-feira que o seu "tão aguardado encontro" com o homólogo russo, Vladimir Putin, terá lugar em 15 de agosto no estado norte-americano do Alasca.
Numa curta mensagem, Trump afirma que serão divulgados mais tarde detalhes sobre o encontro, focado na tentativa de alcançar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
Em Moscovo, o conselheiro presidencial russo para os Assuntos Internacionais, Yuri Ushakov, confirmou a data e local do encontro.
A cimeira foi anunciada no dia em que expirava o prazo estabelecido por Trump para a Rússia suspender a sua ofensiva na Ucrânia, sob ameaça de agravamento de sanções diretas e sanções secundárias a países que comprem hidrocarbonetos russos.
A última ronda de negociações diretas entre os dois beligerantes em Istambul, em julho, resultou apenas numa nova troca de prisioneiros e de restos mortais de soldados.
Numa tentativa de desbloquear as negociações, o enviado norte-americano Steve Witkoff foi recebido na semana passada por Vladimir Putin, e na quinta-feira Moscovo anunciou um "acordo de princípio" para uma próxima cimeira de alto nível entre os líderes norte-americano e russo.
O Kremlin exclui porém um encontro entre Putin e Zelensky e afirma que só fará sentido no final de um processo negocial, quando houver acordo em relação aos termos para a paz na Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.
O anúncio sobre a data e local do encontro com Putin foi feito pouco depois de Trump sugerir que um acordo de paz para a Ucrânia poderá incluir "trocas de territórios" entre Moscovo e Kiev, que "beneficiariam ambos" os beligerantes, embora reconhecendo que estas negociações são "complicadas"
Já hoje, o presidente ucraniano alertou para qualquer "decisão que seja tomada sem a Ucrânia", reafirmando que os ucranianos "não vão abandonar a sua terra para os ocupantes", referindo-se à Rússia, que intensificou a sua ofensiva desde julho no leste e norte do país, a par de campanhas sucessivas de bombardeamentos nas principais cidades.
"Qualquer decisão que seja tomada contra nós, qualquer decisão que seja tomada sem a Ucrânia, será uma decisão contra a paz", avisou Zelensky nas redes sociais, advertindo ainda que, nesse caso, a iniciativa "nasce morta".
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Zelensky discute "situação diplomática" com Macron antes do encontro entre Trump e Putin
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