Sábado – Pense por si

Wagner & companhia: os (vários) exércitos privados das guerras de Putin

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 01 de julho de 2023 às 10:00

O Grupo Wagner é o maior exército privado russo, mas não é o único: há pelo menos mais uma dúzia de froças paramilitares, do Patriot ao Potok da Gazprom, passando pelo Convoy. Vladimir Putin, que incentivou o modelo, quer agora mais controlo sobre os mercenários.

A 7 de fevereiro de 2018 um grupo de cerca de 40 comandos norte-americanos no Leste da Síria viu-se, de repente, cercado por 500 soldados afetos ao regime sírio. Os americanos, que davam apoio militar a forças curdas e árabes adversárias de Bashar Al-Assad, tinham detetado dias antes as movimentações de tropas que nas comunicações entre si falavam em russo. Os oficiais norte-americanos avisaram a sua contraparte na Rússia, mas a resposta foi sendo a mesma: não eram forças russas. Entre os 500 soldados a maioria era mesmo russa, só que pertencia a um exército privado: o Grupo Wagner. O cerco resultou numa batalha entre soldados americanos e mercenários russos, que terminou com os americanos sob fogo pesado a chamarem apoio aéreo e a matarem metade do contingente inimigo – sem sofrerem baixas.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

Salazar ainda vai ter de esperar

O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.