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Biden sobre Prigozhin: "Se fosse a ele teria cuidado com o que como"

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 14 de julho de 2023 às 15:58
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Prigozhin, líder do grupo Wagner, não é visto publicamente desde o dia 24 de junho quando liderou um motim.

Yevgeny Prigozhin, ex-líder e fundador do grupo Wagner, não é visto em público desde que deixou a cidade de Rostov, no sul da Rússia, a 24 de junho, dia em que liderou ummotim contra Moscovo.

Concord/Handout via REUTER

Agora Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, sugeriu que o líder militar pode ter sido envenenado. Na Casa Branca considerou: "Se fosse a ele teria cuidado com o que como". Após esta afirmação, mais em tom de brincadeira, referiu que o paradeiro desconhecido de Prigozhin levanta dúvidas sobre "o futuro da sua relação com a Rússia".

O grupo Wagner teve um importante papel nas vitórias militares da Rússia, não só desde a guerra na Ucrânia iniciada em fevereiro do ano passado, mas também durante a anexação da Crimeia em 2014 e em outras guerras em que a Rússia se viu envolvida como é o caso da Síria, República Centro Africana e Mali.

Nos últimos meses, Prigozhin tinha deixado críticas públicas aos mais altos membros do Ministério da Defesa russo e a militares referindo a má gestão da guerra e afirmando que faltavam alimentos e armas às suas tropas.

Nos dias 23 e 24 de junho protagonizou um motim que fez as suas tropas abandonarem a cidade de Bakhmut para rumarem a Moscovo. Posteriormente garantiu que as suas ações pretendiam apenas pedir a demissão dos altos escalões militares russos que estavam a perder a guerra na Ucrânia enão desafiar Putin ou o Estado russo.

Prigozhin não foi visto outra vez publicamente, mas tanto Putin como Lukashenko, presidente bielorrusso, garantiram que o líder do grupo Wagner estava em Minsk. Já no final da semana passada, Lukashenko garantiu quePrigozhin é um homem livre que já tinha voltado à Rússia.

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