Sondagem da Intercampus mostra que 77% das famílias têm medo que o conflito na Ucrânia chegue ao nível nuclear. Maioria dos portugueses acredita que a o conflito na Ucrânia durará entre mais um a três meses.
REUTERS/Irina Rybakova/Press service of the Ukrainian Ground Forces
É um tema que assusta a maioria da população portuguesa. Uma sondagem da Intercampus para oNegócios, Correio da Manhã e CMTV mostra que 77% dos inquiridos têm medo de chegarmos a uma guerra nuclear na europa, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Apesar de acharem que esse é um cenário que não irá acontecer, 77% das famílias respondem no barómetro temer chegarmos ao ponto de um ataque nuclear que ponha em causa a segurança dos europeus. Só 18,4% afirma não ter receio de que tal cenário venha a concretizar-se.
Tem medo de chegarmos a uma guerra nuclear na Europa?
Questionados sobre quanto tempo mais deverá durar a invasão russa da Ucrânia, 35,6% dos inquiridos dizem esperar que não se prolonge por mais tempo do que entre um e três meses. Existem 17,1% de portugueses que vêem um prazo de mais três a seis meses e outros 18,8% antecipam que o conflito se prolongue por mais seis meses. Há um grupo significativo (17,2%) que prefere não fazer previsões.
Sobre os avanços do regime de Putin sobre a Ucrânia, a opinião generalizada dos portugueses no barómetro da Intercampus é de que a guerra está a correr pior à Rússia do que esta tinha planeado. Só 11% acham que os planos do ataque seguem conforme o que estava previsto, sendo que 77,5% responde que foge ao planeado.
Quanto tempo acha que a guerra vai demorar mais
Outro dado relevante é o de que 50,6% dos portugueses estão crentes de que a Rússia não conseguirá derrotar a Ucrânia e impor um novo governo aliado do Kremlin. Na verdade, os números mostram que só 27% dos inquiridos admite como possível esse cenário.
Sobre o impacto do conflito no restante mapa geostratégico, 55,% não vê como possível que a guerra na Ucrânia se estenda aos Estados Unidos ou aos países aliados da NATO.
FICHA TÉCNICA Objetivo: Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional e da atualidade. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: Constituída por 621 entrevistas. Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa da Direção-Geral da Administração Interna. Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade. O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pela CMTV. Os trabalhos de campo decorreram de 15 a 20 de março de 2022. Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de 3,9%. Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de 60,2%.
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.