O Presidente ucraniano esteve em Bruxelas para convencer os aliados a usarem ativos russos congelados no esforço de guerra da Ucrânia.
Foi entre risos que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, descreveu as
conclusões da última reunião com o homólogo norte-americano, Donald Trump, na Casa Branca. "Penso que [o
resultado] não é mau”, disse resumidamente com um leve riso - e que deixou a
sala a rir.
Zelensky em Bruxelas para discutir ativos russos congelados e apoio à Ucrânia
Em resposta à questão sobre se estava à espera de uma mudança dos EUA,
Zelensky disse em Bruxelas que não queria “entrar em detalhes”. Ainda assim, lá resumiu que "temos sanções à Rússia". "Não temos reunião na Hungria sem Ucrânia e não temos
ainda Tomahwks”, referiu também.
"Talvez amanhã”, disse o Chefe de Estado ucraniano como piada já que, nas suas
palavras, "cada dia traz qualquer coisa".
Com o 19º pacote de sanções à Rússia aprovado, Volodymyr Zelensky pede agora
mais financiamento. "Hoje estamos mais perto da grande decisão de usar ativos
congelados" da Rússia, admitiu.
Ainda assim, quando saiu do Conselho Europeu
não havia fumo branco sobre o tema. O objetivo da Ucrânia (e de vários países europeus) é de
utilizar fundos russos que estão imobilizados na Europa devido às sanções.
Zelensky admite que esses fundos seriam usados para "produção ucraniana", mas também na
Europa. "Precisamos de usar dinheiro russo para a produção ucraniana. É mais
fácil e mais barato", explicou o presidente da Ucrânia que deu como exemplo drones e
mísseis.
Ainda assim, Zelensky deixou a promessa de que a Europa também beneficiará.
“Estamos preparados para coprodução” acrescentou o chefe de Estado ucraniano,
ao sublinhar que está pronto "para investir na força europeia". "Hoje também
reconhecem que temos tecnologia que os europeus não têm", acrescentou.
Durante os vários pacotes de sanções, a Rússia viu vários ativos serem imobilizados ou “congelados”, como se costuma escrever. Se até agora os países
europeus aceitaram utilizar juros de alguns ativos russos para financiar o
esforço de guerra da Ucrânia, o que se pretende agora é ir mais longe usando esse mesmo ativos que estão bloqueados.
O problema é que os mesmos estão
sobretudo concentrados na alçada de uma instituição financeira belga, o
Euroclear. Por isso, e devido aos riscos associados à utilização desses ativos,
a Bélgica mostra muitas reservas. À chegada ao Conselho Europeu, o primeiro-ministro belga deixou claro que se a medida avançar terá de ter o
apoio (e o assumir do risco) de todos os parceiros europeus.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.