Presidente Nicolás Maduro acusou o cruzeiro de bandeira portuguesa de ter realizado um ato de "terrorismo e pirataria" contra o navio da marinha venezuelana.
O ministro dos Negócios Estrangeiros,Augusto Santos Silva, disse, esta quarta-feira, àLusaque existe disponibilidade para investigar o incidente entre um navio com pavilhão português e uma lancha da Marinha de Guerra venezuelana rejeitando tratar-se de um incidente entre Estados.
"O incidente que envolveu um navio privado sob pavilhão português e uma lancha da Marinha da Venezuela não é um incidente entre Estados e o que os Estados devem fazer é colaborarem entre si para que a verdade seja apurada. Do ponto de vista do Estado português há toda a disponibilidade para essa colaboração", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.
O Ministério da Defesa da Venezuela anunciou na terça-feira que um navio da Marinha venezuelana naufragou na segunda-feira após uma colisão com o cruzeiro de bandeira portuguesa "Resolute", a norte da ilha de La Tortuga, localizada a 181 quilómetros a nordeste de Caracas.
Segundo o Ministério da Defesa da Venezuela, pelas 00h45 de segunda-feira (05h45 em Lisboa), a lancha da Guarda Costeira "Naiguatá GC-23" realizava "tarefas de patrulhamento marítimo" no mar territorial venezuelano, quando "foi atingido pelo navio de passageiros 'Resolute' (122 metros de comprimento e 8.300 toneladas de deslocamento), de bandeira portuguesa".
A colisão ocorreu quando a embarcação da Marinha "fazia um procedimento de controlo de tráfego marítimo, o que gerou danos de grande magnitude" no barco da Guarda Costeira venezuelana, explica-se no comunicado.
Entretanto, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela comunicou o sucedido à embaixada de Lisboa em Caracas, através de uma nota verbal.
"Nós responderemos tão breve quanto possível à nota verbal da Venezuela. Este incidente, qual quer que seja a sua natureza é um incidente que não deve perturbar as relações de Estado a Estado, entre a Venezuela e Portugal, quanto mais tratando-se de um navio privado e de um incidente isolado cujas responsabilidades podem e devem ser apuradas", disse Augusto Santos Silva.
Nicolás Maduro instou as autoridades do Curaçau, território holandês, onde o navio está ancorado neste momento, a investigar este "ato de pirataria internacional".
"Vamos ver o que se apura no inquérito porque o momento não é para acrescentar palavras a palavras. O momento é para apurar os factos. Insisto que pelo simples facto de o incidente ter ocorrido é a todos os títulos lamentável", conclui Augusto Santos Silva.
De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros Portugal vai pedir igualmente a colaboração das autoridades holandesas de Willemstad, Curaçau, onde se encontra aportado o paquete.
Santos Silva garante que caso do navio Resolute na Venezuela não é incidente entre Estados
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