Tropas russas abriram fogo em Energodar, a cidade mais perto da central de Zaporizhzhia. Moscovo já controla a defunta central de Chernobyl.
Parte da central nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, começou a arder depois de um ataque das tropas russas. A informação foi avançada pelo presidente da câmara de Energodar, a cidade mais próxima da central nuclear que é a maior na Europa. Mais tarde, foi divulgado que o fogo surgiu fora do perímetro dos reactores nucleares.
Os níveis de radiação não se alteraram e os bombardeamentos parecem ter parado cerca das duas da manhã em Portugal continental. Só um dos reactores se encontra em funcionamento.
"Como resultado de bombardeamento inimigo contínuo de edifícios e unidades da maior central nuclear da Europa, a central nuclear de Zaporizhzhia esta em chamas", escreveu Dmytro Orlov, considerando o sucedido uma ameaça para a segurança mundial.
O autarca acrescentou que tinha havido um combate aceso entre as forças locais e as tropas russas e que se registam baixas, sem ter avançado números.
REUTERS/Stringer
O presidente da câmara de Energodar já tinha revelado que uma coluna de tropas russas se estava a dirigir à central nuclear de Zaporizhzhia. As autoridades ucranianas divulgaram que a Rússia estava a empenhar esforços para tomar a central e que tinha entrado na cidade com tanques.
"Podem ouvir-se tiros altos na cidade", escrevera o presidente da câmara Dmytro Orlov. Uma multidão de civis tentou impedir que os russos entrassem na central esta quarta-feira, com recurso a pneus, caixotes do lixo e sacos de areia.
In the Ukrainian city of Energodar, Zaporozhye region, residents blocked the roads to the town to save the nuclear power plant. "We won't let Russians take a step in the city," Energodar Mayor Dmytro Orlov said. The resilience and courage of the Ukrainian people are incredible. pic.twitter.com/yOTcWYOs8d
Esta quinta-feira, o diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) pediu às tropas russas e ucranianas para não combaterem perto da central de Zaporizhzhia. A situação no local pode ser acompanhada neste vídeo em directo.
Já Petro Kotin, o diretor da empresa de energia nuclear estatal ucraniana Energoatom, considerou a conquista de Chernobyl por parte da Rússia "terrorismo nuclear".
A Ucrânia pediu à Agência que penalizasse a Rússia e que ajudasse a criar um perímetro de segurança de 30 quilómetros em centrais elétricas para afastar as tropas russas. A AIEA referiu que estava a preparar uma resposta, mas não fez mais comentários.
Segundo Petro Kotin, a central de Zaporizhzhia ainda estava a trabalhar normalmente: "Não há desvio das operações normais mas o consumo durante esta guerra baixou drasticamente para apenas três unidades em vez das seis."
Recorde-se que a Rússia já adquiriu o controlo da defunta central nuclear de Chernobyl, onde se deu o pior acidente nuclear alguma vez ocorrido numa central em 1986. Fica a 100 quilómetros de Kiev e as equipas que são responsáveis pela sua manutenção não têm conseguido respeitar os turnos de trabalho desde a invasão russa.
Uma fonte russa afirmou à Reuters, no dia 25 de fevereiro, que a Rússia queria controlar o reator nuclear de Chernobyl para avisar a NATO que não interfira militarmente. Desde a entrada dos russos na central, os níveis de radiação subiram entre cinco e quinze vezes tendo como referência o nível normal - o que é baixo -, ao mesmo tempo que os veículos armados contactaram com material radioativo que se encontra no chão há 35 anos.
"Não há benefício económico. Só pode dar problemas à Ucrânia, à Rússia e a todos no mundo. Pedimos que deixem esta zona e a devolvam aos peritos ucranianos porque pode ocorrer uma catástrofe ecológica", avisa Petro Kotin.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.