Sábado – Pense por si

Rei de Espanha propõe Feijóo como chefe de governo

Líder do PP não parece ter ainda os deputados suficientes para garantir aprovação do governo no parlamento.

O rei Felipe VI propôs a investidura de Alberto Nuñez Feijóo para formar governo em Espanha. Porém, o líder do PP não parece ter ainda os deputados suficientes para garantir a aprovação de um executivo no parlamento. Soma, 172 deputados, quatro aquém da maioria necessária.

EPA/Sebastian Mariscal Martinez / POOL

A decisão de Felipe VI foi conhecida esta terça-feira à tarde depois de ouvir Feijóo e o Pedro Sánchez. Os dois mostraram ao monarca disponibilidade para formar governo. "Mostrei a minha disponibilidade", referiu Feijóo à saída do encontro. "Transmiti-lhe a minha disponibilidade", retorquiu por sua vez Sánchez.

Porém, Felipe manteve a sua tradição: o candidato mais votado e último a ser ouvido no Palácio da Zarzuela, é por regra o convidado a ser candidato a presidente do Congresso e assim formar governo. Assim aconteceu com Mariano Rajoy, em 2015, e com Sánchez, em 2019. Em nenhum dos casos, os candidatos chegavam aos 176 deputados necessários para a maioria, como lembra o jornalEl Mundo.

Nenhum partido conseguiu maioria absoluta nas eleições de 23 de julho. O PP de Feijóo conseguiu 137 deputados e tem, até agora, o apoio de mais 35, onde se incluem os elementos do Vox, de extrema-direita.

Feijóo já agradeceu a nomeação do rei. "Daremos voz aos 11 milhões de eleitores que querem mudança, estabilidade e moderação", escreveu na rede social Twitter. 

Com o convite do rei, Feijóo vai agora ter de passar o seu governo no parlamento, precisando de 176 votos a favor para seguir em frente. Caso falhe, pode chegar à presidência do governo com uma maioria simples, numa segunda votação. Se não conseguir mesmo assim, o rei terá de escolher outro candidato.

Se nos dois meses seguintes às eleições não houver uma maioria no parlamento, haverá novas eleições legislativas em Espanha.

Artigos Relacionados

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.