"Quanto mais a guerra se arrasta, mais claro se torna a sua falta de nexo", considera Abbas Gallyamov, que escrevia discursos para o presidente russo.
Abbas Gallyamov, antigo autor de discursos para Vladimir Putin, defende que na Rússia a situação se está a encaminhar para um golpe militar contra o presidente russo.
Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS
"Quanto mais a guerra se arrasta, mais claro se torna a sua falta de nexo", afirmou numa coluna escrita para osite Mozhem Obyasnit, de oposição a Putin.
Segundo o antigo assessor do presidente russo, o público está a aperceber-se de que o sonho do Kremlin de derrubar o regime ucraniano não vai acontecer. A conquista de novos territórios "russos" também não é suficiente.
Abbas Gallyamov, que trabalha como consultor político, reafirmou as suas declarações junto da CNN. "Ele está a agir de forma errática. Há muitas coisas que parecem ilógicas", afirmou, colocando a hipótese de Putin cancelar as próximas eleições por não as querer perder caso não vença a Ucrânia.
No seio do exército, "[o chefe do grupo Wagner Yevgeny] Prigozhin desacreditou completamente o regime aos olhos dos seus membros com a sua retórica, e a raiva contra as autoridade por deixarem um criminoso controlá-las está a tornar-se mais forte", reforça Gallyamov no seu texto.
"À medida que os problemas se acumulam no país e que o exército e as autoridades são incapazes de os resolver, Putin está a tornar-se cada vez mais num ditador comum e de segunda, em vez de um grande estratega", afirmou Abbas Gallyamov.
O antigo assessor considera que, caso uma revolta arranque, os comandantes "oportunistas" vão apoiar quem tiver mais probabilidades de vencer. "Se as queixas contra as autoridades parecerem convincentes a um comandante, então ele vai decidir provavelmente que aquele regime não vai aguentar uma onda de raiva pública. E se é esse o caso, não há razão para não se juntar a ela", considerou.
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