O primeiro voo direto entre os dois países em cinco anos poderá ocorrer já este domingo, ligando a cidade indiana de Calcutá à cidade chinesa de Cantão.
Pequim considerou esta sexta-feira que a retoma após cinco anos de interrupção dos voos diretos entre China e Índia é "uma medida positiva" para facilitar os intercâmbios entre os mais de 2.800 milhões de habitantes dos dois países.
Xi Jinping e Narendra Modi juntos na retoma de voos China-ÍndiaIndian Prime Minister's Office via AP
Em conferência de imprensa, o porta-voz da diplomacia chinesa Guo Jiakun afirmou que o reinício das ligações aéreas "representa o mais recente avanço na implementação rigorosa do importante consenso" alcançado entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, durante a reunião bilateral realizada em setembro na cidade de Tianjin.
Guo garantiu que a China está disposta a colaborar com a Índia "a partir de uma perspetiva estratégica e de longo prazo", de forma a promover o desenvolvimento contínuo, saudável e estável das relações bilaterais, com benefícios concretos para os dois países e os respetivos povos.
"Faremos as devidas contribuições para manter a paz e a prosperidade na Ásia e no mundo inteiro", acrescentou.
Segundo órgãos de comunicação indianos, o primeiro voo direto entre os dois países em cinco anos poderá ocorrer já este domingo, ligando a cidade indiana de Calcutá à cidade chinesa de Cantão.
As ligações aéreas diretas foram suspensas em 2020, após os confrontos fronteiriços no vale de Galwan, nos Himalaias, que causaram a morte de pelo menos 20 soldados indianos e quatro chineses e mergulharam as relações bilaterais na pior crise em décadas.
Há cerca de dois meses, os dois países anunciaram a reabertura do comércio transfronteiriço através de três passagens nos Himalaias e comprometeram-se a restabelecer "o mais rapidamente possível" as ligações aéreas, durante uma visita do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, a Nova Deli.
O processo de reaproximação entre as duas potências asiáticas tem acelerado nos últimos meses, com gestos como a retoma da emissão de vistos turísticos pela Índia em julho, num momento em que tanto Pequim como Nova Deli enfrentam crescentes disputas comerciais com os Estados Unidos.
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