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A última visita pública do Papa fora do Vaticano foi a uma prisão onde conversou com cerca de 700 reclusos. Mas durante todo o seu mandato prestou particular atenção a esta população.
A última saída do Vaticano feitapelo Papa Francisco, já depois do longo internamento a que foi sujeito no início do ano, foi na quinta-feira passada, 17 de abril. O Sumo Pontífice dirigiu-se à prisão de Rebibbia para a cerimónia do lava-pés aos presos. Apesar de ter lamentado não poder ser ele a lavar os pés dos reclusos, Francisco referiu querer estar presente no momento. Mas não foi só agora que o papa sul-americanoque morreu esta segunda-feiraprestou atenção a esta população. Desde 2013 doou mais de 200 mil euros às prisões de Rebibbia, um estabelecimento prisional para homens e mulheres, e Casal del Marmo, um centro educativo para menores.
papa francisco prisãoGabinete de Imprensa da Santa Sé via AP
Ao longo dos seus doze anos de papado, Francisco apoiou financeiramente projetos de inclusão social e de reabilitação de reclusos, sendo uma comunidade que sempre recebeu uma atenção especial da parte do líder da Igreja Católica. O Papa escolheu mesmo o estabelecimento prisional de Rebibbia como primeira etapa do lançamento do jubileu fora do Vaticano, um gesto inédito na história da Igreja. "A fim de oferecer aos presos um sinal concreto de proximidade, eu mesmo desejo abrir uma porta santa numa prisão, para que seja para eles um símbolo que os convida a olhar o futuro com esperança e renovado compromisso de vida", escreveu Francisco, na bula de convocação do Jubileu 2025.
Desde o início do pontificado, Francisco escolheu celebrar a Missa da Ceia do Senhor (a quinta-feira antes da Páscoa), que abre o Tríduo Pascal, em locais simbólicos, ligados ao sofrimento humano, como prisões, centros de refugiados ou instituições de saúde. Antes da pandemia, celebrou sempre o início do Tríduo Pascal fora do Vaticano: cinco vezes em prisões – 2019, 2018, 2017, 2015 e 2013 -, tendo lavado os pés a pessoas de várias nacionalidades e confissões religiosas; num centro de acolhimento de refugiados, em 2016; e num centro para reabilitação de pessoas com deficiência e idosos, em 2014.
"Proponho aos governos que, no Ano Jubilar, tomem iniciativas que restituam esperança aos presos: formas de amnistia ou de perdão da pena, que ajudem as pessoas a recuperar a confiança em si mesmas e na sociedade; percursos de reinserção na comunidade, aos quais corresponda um compromisso concreto de cumprir as leis", indicava o texto, intitulado ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude).
O Papa presidiu à Missa vespertina de Quinta-feira Santa, com o rito de "lava-pés", no Instituto Penal para Menores (IPM) de Casal del Marmo tanto em 2013 como em 2023.
Francisco esteve na prisão de Rebibbia, na Quinta-feira Santa de 2015, para lavar os pés de doze reclusos de diferentes nacionalidades; em 2024, celebrou a Missa da Ceia do Senhor na prisão feminina de Rebibbia, lavando os pés a doze mulheres. No total, o Papa visitou 15 cadeias nos anos do seu pontificado, "a maioria na Itália, algumas também durante viagens ao estrangeiro". Este ano voltou a ir a Rebibbia para a Quinta-Feira Santa.
Na última visita à prisão de Rebibbia, a 17 de abril, o Papa reconheceu que não conseguia prestar esta homenagem aos atos de Cristo, mas que estaria com eles e que "faria o que Jesus fez na quinta-feira Santa". "Sempre que entro num destes lugares, pergunto-me: 'Porquê eles e não eu?'", disse Francisco. O facto de ter mantido esta visita na agenda, apesar de ter ordens dos médicos para ter calma e evitar grandes multidões, demonstrou a importância desta visita para o Papa que disse: "Na Igreja ninguém está a mais, há espaço para todos. Repitam comigo. Quero que digam na vossa própria língua: todos, todos, todos".
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