O camerlengo será responsável pelos assuntos do Vaticano até que o próximo pontífice seja eleito. E até pode vir a ser ele a sentar-se na cadeira de São Pedro.
Foi o cardeal irlandês-americano Kevin Farrell quem anunciou a morte do Papa Francisco a 21 de abril: "As 7h35 da manhã, o Bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai", disse, num vídeo transmitido pelo Vaticano. E é até ao conclave o principal responsável pelos assuntos do Vaticano, cabendo-lhe a tarefa de organizar as cerimónias fúnebres do Papa Francisco.
Desde 2019 que é camerlengo, título atribuído pelo Sumo Pontífice ao seu braço-direito, e vai permanecer no cargo durante a "Apostolica Sedes Vacans", o período entre a morte ou renúncia de um papa e a eleição do próximo.
Enquanto camerlengo, é ele o responsável por presidir o ritual de certificação da morte de Francisco e encarregue de retirar e destruir o seu anel, que simboliza oficialmente o fim do seu papado, garantindo que ninguém possa aprovar documentos com o seu selo.
No final do dia de ontem teve de cumprir mais uma tarefa, selar o quarto e o escritório do Sumo Pontífice, que apenas poderão ser abertos quando for eleito um novo líder da Igreja Católica. Farrell tem ainda de assegurar a colocação do corpo do Papa no caixão da capela na Casa Santa Marta, onde residia, e é esperado que lidere uma procissão que levará o corpo desde a capela até à Basílica de São Pedro.
Nascido a 2 de setembro de 1947 em Dublin, Farrell frequentou a Universidade de Salamanca na Espanha e a Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma e tem uma licenciatura em filosofia e teologia pela Universidade de São Tomás, segundo o Vaticano.
Mais tarde desempenhou funções em igrejas em todo o mundo, serviu como capelão na Universidade de Monterrey no México e numa paróquia em Bethesda em Maryland nos Estados Unidos, país onde passou cerca de 30 anos da sua carreira. Em 2007 foi nomeado Bispo de Dallas, no Texas.
Ferrell foi para o Vaticano em 2016 depois de um convite do Papa para servir na Cúria Romana como responsável pelo departamento encarregue pela pastoral das famílias. Em fevereiro de 2019 Francisco nomeou-o Camerlengo da Igreja Santa Romana e mais tarde, em junho 2023 o Sumo Pontífice nomeou-o para Presidente do Supremo Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano, com efeito a partir de 1 de janeiro de 2024.
É possível que o Cardeal Ferrell seja eleito papa: ao longo da história dois camerlengos foram nomeados para Sumo Pontífice, o primeiro foi Gioacchino Pecci (Papa Leão XIII) em 1878 e Eugenio Pacelli (Papa Pius XII) em 1939. No entanto, parece ser uma hipótese pouco provável uma vez que não se encontra entre os seis favoritos, Peter Erdo da Hungria, Pietro Parolin de Itália, Malcolm Ranjith do Sri Lanka, Matteo Zuppi de Itália, Robert Sarah da Guiné e Luis Tagle das Filipinas.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
A venda do Novo Banco culmina num prémio milionário à rapina que empobrece Portugal.
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro
