Cerca de 80% da população do enclave dependia de ajuda externa humanitária antes da escalada do conflito e com os recentes ataques e a limitação da entrada de ajuda a situação humanitária em Gaza tem tem vindo a agravar-se.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) avançou este domingo que milhares de pessoas invadiram os seus armazéns em Gaza para conseguirem ter acesso a alimentos e outros bens essenciais.
Reuters
Thomas White, diretor da agência da ONU em Gaza, descreveu as invasões como "um sinal preocupante de que a ordem civil está a começar a colapsar" em Gaza, três semanas depois do ataque do Hamas a Israel.
Já antes da escalada do conflito a ONU estimava que cerca de 80% da população do enclave dependia de ajuda externa humanitária, com os recentes ataques e a limitação da entrada de ajuda externa cada vez mais pessoas dependem dos serviços básicos fornecidos pela UNRWA.
Os ataques desta noite incluíram as proximidades do maior hospital de Gaza, o Hospital Shifa, onde Israel garante que se encontra o posto do comando do Hamas. Vários moradores referiram à Associated Press que a maior parte das estradas que levam ao hospital foram destruídas por ataques aéreos.
Neste momento a maior parte das escolas da Faixa de Gaza foram convertidas em abrigos para a população, ainda assim os Médicos Sem Fronteiras garantem que "os civis não têm sítio onde se abrigar". A organização internacional pede um cessar-fogo imediato uma vez que "o norte de Gaza está a ser arrasado, mas toda a Faixa de Gaza está a ser atacada", sendo impossível distinguir quem são os civis e quem são os militantes do Hamas.
Este domingo o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, voltou a alertar para a situação "cada vez mais desesperada" que se vive na Faixa de Gaza e lamentou a intensificação das operações militares israelitas na região, reforçando ainda a necessidade de uma "pausa humanitária".
Durante a última noite o número de tropas israelitas presentes em Gaza também aumentou, referiu o porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari: "Durante a noite aumentámos os soldados em Gaza. Estamos a aumentar gradualmente as operações terrestres e a extensão das nossas forças na Faixa de Gaza".
Segundo os dados divulgados este domingo pelo Ministério da Saúde controlado pelo Hamas o número de mortes só em Gaza já ultrapassou os oito mil desde o dia 7 de outubro. A estes juntam-se 112 mortos que ocorreram na Cisjordânia e os 1 405 palestinianos mortos em Israel.
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