Para perceber se uma pessoa gosta de si ou não, perceba se ela quer estar ou não perto de si. Outra pista é o tempo que demora a responder a uma mensagem, email ou chamada, o tempo indica a importância que tem para essa pessoa.
Acredito profundamente que ser competente é obrigatório e necessário, no entanto aqueles que sabem mais sobre pessoas e como as influenciar, são percebidos como melhores pessoas, mais competentes e ainda têm melhores vidas e resultados pessoais e profissionais e não é necessário técnicas ou estratégias muito complexas. Um bom exemplo é o de grandes negociadores que usam uma forma muito simples de condicionar o nosso cérebro: fazendo com que as pessoas lhe associem subliminarmente características boas e assim fazer com que gostem mais deles logo de início. A técnica é, no início da reunião, servir-lhe algo quente, um café ou um chá. Qual o impacto na perceção emocional? Quando nos referimos a uma pessoa como calorosa, normalmente é uma pessoa bondosa e simpática, logo se a pessoa sente calor nas mãos, existe uma maior probabilidade de lhe associar emoções positivas. Dar apertos de mão com a mão gelada ou fria, ou servir bebidas geladas, pode prejudicar e ter o efeito inverso, quando se refere a uma pessoa como fria, percebe-a como sem sentimentos ou má.
Um dos maiores erros é influenciar através do medo, não gera uma influência duradoura, só tendo algum efeito quando quer resultados imediatos e, mesmo assim, pode gerar resistência.
Influenciar torna-se mais fácil e simples se eliminar o medo e fazer com que as pessoas se sintam bem, este é o segredo.
SEJA O INTERESSADO,
NÃO O INTERESSANTE.
O nosso ego engana-nos constantemente e faz-nos pensar que precisamos de admiração, que o nosso interesse está em primeiro e que devemos dar e só depois receber. No entanto, não podia estar mais enganado. Para que a pessoa dê o que nós queremos, temos de lhe dar primeiro o que ela quer e, para isso, temos de nos focar mais na pessoa que está à nossa frente do que propriamente focarmo-nos em nós. Temos de amar a pessoa que está à nossa frente e não andar à procura de amor. Temos de satisfazer o interesse do outro e não querer satisfazer logo o nosso. Temos de dar a ganhar à outra pessoa para que ela nos faça ganhar a nós. Por essa razão é que esta é a frase mais importante que podem utilizar para influenciar alguém. Porque quando nós somos o interessante, repetindo constantemente «eu sou isto» ou «eu tenho aquilo», quando ouvimos alguém a elogiar-se em excesso, sentimo-nos automaticamente aborrecidos e com repulsa. Por isso é que é importante olharmos para o outro e pensarmos: como é que o podemos ajudar e como é que ele quer ser ajudado?
Vou partilhar consigo a primeira fórmula ensinada por um ex-agente do FBI, o Dr. Jack Schafer, para avaliar e criar relações, seja com parceiros, parceiras, filhos, clientes, amigos, colegas. Existem quatro fatores que determinam e influenciam o sucesso de uma relação:
Proximidade > Frequência > Duração > Intensidade.
Primeira variável: Proximidade. Queremos estar próximos de quem? Das pessoas que nós gostamos. Quem procura ama.
Segunda variável: Frequência. Quantas vezes queremos estar ao pé delas? Sempre.
Terceira variável: Duração. Durante quanto tempo queremos estar com a pessoa? Muito tempo. Sendo que nesta variável, o valor pode diminuir se a frequência for muita elevada e vice-versa
Quarta variável: Intensidade. Qual é a intensidade da conversa e da relação? Alta. Partilha de emoções, histórias pessoais, momentos e carinho.
Para perceber se uma pessoa gosta de si ou não, perceba se ela quer estar ou não perto de si. Outra pista é o tempo que demora a responder a uma mensagem, email ou chamada, o tempo indica a importância que tem para essa pessoa, quanto maior o período de tempo de resposta menos importante é para a pessoa. Temos sempre de compreender que pode haver constrangimentos ou obstáculos para responder de forma imediata ou influenciar o tempo de resposta, como estar numa reunião, estar ocupada como uma tarefa que impeça atender, agora se for recorrente, desconfie. Esta pista pode ser aplicada às mais variadas áreas da sua vida, trabalho, amigos e vida amorosa.
Às vezes temos ilusões de que as pessoas gostam de nós e não nos procuram pelas mais variadas razões e criamos desculpas, é o nosso cérebro a enganar-nos, porque não quer sentir ou ter a certeza que vai perder aquela pessoa. Então, a fórmula pode ser usada para interpretar duas situações: para avaliar o que é que a pessoa sente por mim, mas também exponenciar que a pessoa goste mais de mim.
Se quiser cativar ou seduzir alguém, tem de ter em mente como é que pode ficar mais próximo, quantas vezes tem de passar pela outra pessoa, isso não quer dizer que esteja sempre ao pé dela, mas como pode cruzar-se com ela. Claro que com os tempos de pandemia que correm, estes quatro fatores são mais difíceis de se concretizar, mas pode fazê-lo através de chamadas telefónicas, ativando a proximidade, o número de vezes que liga, a frequência, quanto tempo está ao telefone com a outra pessoa, a duração, o que é que falamos o que partilhamos, a intensidade.
Relembrando o comportamento de piloto automático, abordado anteriormente, que dita que temos sempre comportamentos semelhantes, imaginem que há uma pessoa seja parceiro, parceira, cliente ou colega que lhe liga todas as segundas-feiras, (proximidade e frequência), normalmente está meia hora à conversa (Duração) e sempre com alegria e interesse, conversando sobre situações pessoais (intensidade), este é o padrão ou o comportamento base.
Se a pessoa não ligar numa segunda-feira, não pense, é normal ou não deve ser nada, alguma coisa se passou, questione-se. Veja como um alerta! Quando alguma destas variáveis muda, alguma coisa mudou ou aconteceu. Esta fórmula serve para avaliar as relações, se a pessoa me procurava duas vezes por semana e passa a procurar uma única vez, alguma coisa aconteceu. O mesmo relativamente à duração e à intensidade do contacto, sempre que este se altera, é um alerta para que algo mudou.
Numa relação amorosa há pessoas que não estão à espera que o outro peça o divórcio ou que queira acabar uma relação, ficando surpreendidos com isso, porque o cérebro emocional está tão automatizado naquela rotina que não vê nada para além do habitual. É importante conhecer a norma dos comportamentos das pessoas normais e detetar se há algo de anormal nesses comportamentos. A maior parte das vezes não damos conta do que acontece ao nosso redor, não caia nessa armadilha.
Apesar de recebermos cerca de dois gigas de informação por segundo, o cérebro emocional vê tudo, ouve tudo, cheira tudo, mas só depois é que irá filtrar aquilo que é importante ou não e há que ter consciência disso. Muitas vezes julgamos de forma imediata, nem damos a oportunidade de a outra pessoa mostrar aquilo que realmente é.
O fator decisivo para sermos bons sedutores e decifradores é saber comunicar. Comunicar não é aquilo que eu digo, mas aquilo que o outro interpreta a partir daquilo que eu digo. Não basta dizer que somos sedutores ou líderes, temos de comunicar de forma sedutora e carismática. As pessoas, para além de procurarem parte da competência e do valor de marca ou pessoal, querem ligação e novidade, mas também querem uma boa aparência, então temos de nos preocupar sempre com isso. Não é a gritar que iremos chamar a atenção das pessoas. Não basta ser competente e atraente e saber falar, é necessário se confiante, ser percebido como jovial e saudável dá-lhe mais poder e torna-o mais atraente. Estas fórmulas têm de funcionar muitas vezes em 50 milissegundos, que corresponde a um piscar de olhos. Quer dizer que o nosso cérebro emocional avalia as pessoas neste curto espaço de tempo e só temos consciência disso passados, no máximo, quatro segundos, depois é que racionalizamos com base nesta impressão. Esta perceção de 50 milissegundos define todas as interações da nossa vida. O nosso sistema límbico olha para o outro e determina se é amigo ou ameaça. O nosso cérebro emocional interpreta e responde à pergunta se o outro é ou não líder, se é ou não competente, de forma a satisfazer as nossas necessidades de sobrevivência. Se for amigo, ajudar-nos-á a sobreviver; se for uma ameaça, vai pôr em causa a nossa sobrevivência. Se é líder, é bom porque nos ajuda a sobreviver, por isso é que temos uma tendência para seguir a liderança, fazendo coisas de forma inconsciente só porque assim nos foi pedido pela autoridade. Quando alguém é derrotado, perde o poder de influência. Não esquecendo a competência, percebendo se o outro nos irá ajudar ou não com a competência que o outro tem. Quando vemos alguém, automaticamente a julgamos, não tendo qualquer tipo de informação sobre ela. Atenção, isto acontece em apenas 50 milissegundos, só que o cérebro não racionaliza.
Lembre-se dos primeiros 50 milissegundos de aplicar a técnica S.O.M.A.:
Para perceber se uma pessoa gosta de si ou não, perceba se ela quer estar ou não perto de si. Outra pista é o tempo que demora a responder a uma mensagem, email ou chamada, o tempo indica a importância que tem para essa pessoa.
Todas as cores têm um significado, se repararem que uma pessoa normalmente anda mais com uma cor é porque, provavelmente, gosta desse sentimento. Quem usa as cores todas normalmente é mais emocional.
Quando o cliente entra na loja, a primeira coisa que o lojista repara é nos sapatos, através deles consegue ter logo uma perceção mais clara do tipo de cliente que é.
Descubra se tem maior tendência para ser o líder ou para ser o liderado e leia sobre os sinais mais comuns de uma liderança menos poderosa e como resolver.
Nos primeiros quatro segundos é mais importante a aparência do que a competência. Para?impressionar no primeiro encontro, terá de «trabalhar» e melhorar primeiro estas duas características?não verbais: humor e autoestima.
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Agora existem os neo-fascistas. E Steve Bannon é um deles. E a sua influência global é enorme. E em Portugal os seus discípulos não se encontram apenas no Chega.
Para perceber se uma pessoa gosta de si ou não, perceba se ela quer estar ou não perto de si. Outra pista é o tempo que demora a responder a uma mensagem, email ou chamada, o tempo indica a importância que tem para essa pessoa.