Sábado – Pense por si

Macron lança debate nacional que não é "nem uma eleição, nem um referendo"

O presidente francês, Emmanuel Macron, propôs hoje delimitar um grande debate nacional em França em torno de 35 questões.

O presidente francês, Emmanuel Macron, propôs hoje delimitar um grande debate nacional em França em torno de 35 questões, com temas que abrangem a fiscalidade, a democracia, a ecologia ou a imigração.

"Quero transformar convosco a cólera em soluções", lança Macron numa carta aos franceses, citada pela AFP, que deveria ser divulgada só na segunda-feira, mas acabou por ser antecipada.

A iniciativa surge numa altura em que o país vive há dois meses uma crise desencadeada pelas manifestações dos 'coletes amarelos', que contestam a política social e fiscal do governo.

O grande debate que será lançado na terça-feira não é "nem uma eleição, nem um referendo", afirma Macron, pedindo uma grande participação.

O presidente propõe delimitar o debate com uma série de 35 questões sobre quatro temas já fixados: democracia, transição ecológica, fiscalidade ou imigração.

"As vossas propostas permitirão construir um novo contrato para a Nação, estruturar a ação do Governo e do Parlamento, mas também as posições da França a nível europeu e internacional", precisa Macron.

Entre as questões colocadas figuram: "Que impostos devem ser reduzidos prioritariamente?", "É preciso suprimir alguns serviços públicos desatualizados ou demasiado caros em relação à sua utilidade?"

Sobre a imigração, Emmanuel Macron pergunta: "Uma vez cumpridas as nossas obrigações de asilo, gostaria que pudéssemos fixar objetivos anuais definidos pelo parlamento?".

Macron deve participar num primeiro debate na terça-feira e num outro na sexta-feira, as duas primeiras etapas de uma série de deslocações pelo país.

No sábado, a nona manifestação dos 'coletes amarelos' foi marcada por um aumento da mobilização.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.