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Israel volta atrás e só vai permitir a entrada de metade dos camiões de ajuda acordados

Israel tem acusado o Hamas de violar os termos da trégua acordada ao atrasar a entrega dos corpos dos 24 reféns mortos.

Israel informou a ONU que só vai permitir a entrada em Gaza a 300 camiões de ajuda humanitária em Gaza, a partir de quarta-feira. Se essa decisão se confirmar vão entrar em Gaza metade dos camiões de ajuda previstos pelo .   

Um homem oferece água a uma criança em meio à crise humanitária em Israel e Gaza
Um homem oferece água a uma criança em meio à crise humanitária em Israel e Gaza AP Photo/Jehad Alshrafi

O Coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios, órgão militar israelita responsável pelos fluxos de ajuda, referiu que as restrições estavam a ser impostas porque “o Hamas violou o acordo de libertação dos corpos dos reféns”, avançou a Reuters, que teve acesso à nota diplomática. Além disso três autoridades israelitas referiram que a passagem de Rafah se vai manter fechada até quarta-feira, limitando a entrada de ajuda.  

Israel tem acusado o Hamas de violar os termos da trégua acordada ao atrasar a entrega dos corpos dos 24 reféns mortos, até agora apenas quatro corpos foram entregues.  

A Associated Press referiu que o cessar-fogo entre o Hamas e Israel é bastante frágil e esta a ser testado à medida que as tensões aumentam devido ao lento regresso dos corpos dos reféns. Três fontes referiram que esta restrição foi apresentada às autoridades americanas e às agências internacionais, no entanto o governo israelita ainda não comentou.  

É esperado que durante a noite desta terça-feira sejam entregues mais quatro corpos.  

Ao mesmo tempo que estas informações estão a ser avançadas, a Cruz Vermelha e as agências da ONU referiram que a ajuda humanitária que chega a Gaza não está a aumentar, ao contrário do previsto nos termos das tréguas. “Quanto mais tempo Rafah [passagem que liga Gaza ao Egito] permanecer fechada, maior será o sofrimento das pessoas em Gaza, especialmente as deslocadas no sul”, referiu o porta-voz da Unicef Ricardo Reis.  

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