Menina tinha doença genética sem cura, o que motivou Serviço de Saúde britânico a considerar que tratamento médico era fútil. Pais discordavam.
Indi Gregory, uma bebé de oito meses com uma doença incurável, morreu na madrugada desta segunda-feira, 13, no Reino Unido depois de as máquinas que mantinham as suas funções vitais terem sido desligadas por decisão do tribunal. A informação foi avançada pelo pai, Dean Gregory, através de um comunicado divulgado pela instituição de caridade Christian Concern.
Gregory family photo/Handout via REUTERS
"Estamos zangados, de coração partido e envergonhados. O NHS [Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido] e os tribunais não só lhe tiraram a oportunidade de viver uma vida mais longa, como também tiraram a dignidade de a Indi morrer na casa da família onde pertencia", escreveram.
Os médicos do NHS que acompanhavam a bebé garantiram que esta já sentia dores e que não fazia sentido continuar com tratamento médico. Os pais discordavam. A doença mitocondrial é genética e impede as células de produzir energia.
A decisão final de desligar as máquinas acabou por ser tomada por um tribunal londrino na passada sexta-feira, 10. No sábado, a bebé acabou por ser transferida de ambulância de um hospital em Nottingham, no centro da Inglaterra, para um centro de cuidados paliativos, onde viria a morrer.
Os pais de Indi Gregory lutaram para que a sua filha fosse transferida para um hospital infantil do Vaticano, em Roma. No dia 6 de novembro, o governo de Giorgia Meloni chegou até a conceder urgentemente nacionalidade italiana a Indi. Contudo, os tribunais defenderam que a criança não podia viajar para o estrangeiro. "Fizemos tudo o que podíamos, tudo o que era possível. Infelizmente não foi o suficiente", disse a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, através do X (antigo Twitter).
No dia 11 de novembro, o Papa Francisco também emitiu um comunicado onde garantiu que estava a rezar por toda a sua família e pela menina.
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