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Governo israelita diz que Gaza ficará sem água e combustível até à libertação de reféns

Cerca de 150 israelitas, estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade foram feitos reféns pelo movimento islâmico Hamas, segundo o Governo de Israel.

O ministro da Energia de Israel, Israel Katz, advertiu esta quinta-feira que o seu país não permitirá a entrada de bens essenciais ou ajuda humanitária em Gaza até que o Hamas liberte as pessoas sequestradas no sábado em Israel.

REUTERS/Violeta Santos Moura

"Ajuda humanitária a Gaza? Nenhum interruptor elétrico será ligado, nenhuma torneira de água será aberta e nenhum camião de combustível entrará até que os israelitas raptados regressem a casa", afirmou Israel Katz num comunicado de imprensa.

Cerca de 150 israelitas, estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade foram feitos reféns pelo movimento islâmico Hamas, segundo o Governo de Israel.

O grupo islâmico Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade Al-Aqsa", com o lançamento de milhares de rockets e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está "em guerra" com o Hamas, que foi internacionalmente classificado como movimento terrorista não só por Israel, como pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), além de outros Estados.

Israel, que impôs um cerco total à Faixa de Gaza e cortou o abastecimento de água, combustível e eletricidade, confirmou mais de 1.200 mortos e 3.700 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.

O número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 1.200, informou hoje o Ministério da Saúde palestiniano, na sequência de um aumento dos bombardeamentos israelitas sobre o enclave palestiniano controlado pelo movimento islamita Hamas. Foram ainda contabilizados 5.600 feridos, segundo o Ministério palestiniano.

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