Desde 7 de outubro têm-se multiplicado os apelos na Suíça para que o governo suíço classifique a organização como terrorista.
A justiça suíça está a investigar o possível financiamento do Hamas a partir do país, há várias semanas, apesar de Berna não classificar a organização como terrorista, disse hoje o procurador-geral.
REUTERS/Ammar Awad
A investigação foi lançada "algumas semanas" antes dos ataques do Hamas em Israel, em 7 de outubro, disse Stefan Blättler na rádio pública suíça SRF, citado pela AFP, sem dar mais pormenores.
O Ministério Público suíço disse depois à AFP que a investigação dizia respeito a "suspeitas de financiamento do Hamas a partir da Suíça".
De acordo com a AFP, a investigação deverá ser complexa, tendo em conta a posição da Suíça em relação ao Hamas.
Desde 7 de outubro têm-se multiplicado os apelos na Suíça para que o Conselho Federal (Governo) classifique a organização como terrorista.
A 'task force' Médio Oriente, criada na sequência dos atentados, está encarregue de estudar as possibilidades de classificar a organização islamista como organização terrorista, mas o Governo não deu qualquer calendário para o efeito.
O Conselho Federal considerou que só pode proibir organizações que também sejam proibidas pela ONU, explicou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Ignazio Cassis. "Fizemo-lo em 2015 com a Al-Qaeda, numa lei especial que foi suspensa no final do ano passado".
Apenas a Al-Qaeda, Estado Islâmico e outras organizações relacionadas estão atualmente banidas na Suíça.
O UDC - partido de extrema-direita suíço - exige que os membros do Hamas e os seus simpatizantes na Suíça sejam imediatamente colocados sob a vigilância dos serviços de inteligência da Confederação suíça.
Todas as tentativas apresentadas pelo Parlamento para proibir o Hamas falharam. Uma comissão na sua câmara baixa apresentou uma proposta com o mesmo objetivo.
O grupo islamita do Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O terminal de Rafah, no sul de Gaza e a única passagem para o Egito, vai permitir que a ajuda humanitária chegue ao território palestiniano.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.