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Gaza. Bebés prematuros levados para o Egito para receberem tratamento

A situação foi divulgada através de imagens dos bebés numa cama do hospital Al Shifa, rodeados de caixotes e embrulhados em papel, depois das incubadoras serem desligadas por falta de energia.

Vinte e oito bebés prematuros que se encontravam em Gaza foram evacuados esta segunda-feira para o Egito de forma a receberem tratamento. A informação foi avançada pela televisão egípcia e confirmada por um médico israelita.

Encontrava-se uma equipa médica no lado egípcio da fronteira de Rafah que foi vista a pegar cuidadosamente em bebés e a colocá-los em incubadoras portáteis. Estas foram depois colocadas dentro de ambulâncias.

Já no domingo, 31 bebés tinham sido transferidos do hospital de Al Shifa para uma maternidade no sul de Gaza. O chefe da unidade neonatal do Hospital de Al-Helal Al-Emairati, que recebeu os bebés, partilhou que estes estavam "em condições catastróficas". "Alguns sofriam de desnutrição, outros de desidratação e alguns de baixas temperaturas", pelo que três não conseguiram sobreviver.

Mohammad Salama explicou que alguns dos bebés estavam acompanhados pelas suas mães mas que outros não tinham família consigo, e por isso foram acompanhados pela equipa médica até à fronteira. Os bebés foram para o Egito sem familiares. 

A situação tornou-se conhecida na semana passada quando surgiram imagens dos bebés deitados lado a lado numa cama do hospital Al Shifa depois das incubadoras serem desligadas por falta de energia, causada pelos ataques de Israel ao enclave.

Nessa altura, os médicos alertaram para a existência de 39 bebés naquelas situações. Sem o apoio das incubadoras os bebés mantiveram-se expostos a infeções e a temperaturas mais baixas do que conseguiam suportar. A falta de água e medicamentos deixou-os ainda mais vulneráveis.

Israel tem levado a cabo uma operação militar no hospital de Al Shifa por considerar que o complexo está sob poder do Hamas e que debaixo das instalações se encontram importantes pontos de controlo do grupo terrorista.   

A Organização Mundial de Saúde já alertou para o facto do local já não ter capacidades para prestar cuidados de saúde devido à falta de energia, água, medicamentos e outros produtos básicos. No local, além dos cerca de 200 doentes internados, encontravam-se centenas de deslocados que tinham fugido das zonas mais a norte do país, após aviso das Forças de Defesa Israelitas.

Desde que o Hamas atacou o sul de Israel, a 7 de outubro, que os bombardeamentos têm sido constantes na Faixa de Gaza. Segundo as autoridades palestinianas, já morreram pelo menos treze mil palestinianos, entre eles 5.500 crianças.

A ONU avança ainda que três quartos dos pouco mais de dois milhões de habitantes de Gaza ficaram sem abrigo devido à guerra.

Desde o início de novembro que têm ocorrido evacuações limitadas através da passagem de Rafah rumo ao Egito. Até ao momento, cerca de 6.700 estrangeiros abandonaram o enclave que tem as fronteiras geridas por Israel e outras 230 pessoas foram evacuadas para terem acesso a cuidados médicos.
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