Presidente francês referiu ainda que a Ucrânia deve concentrar o seu esforço militar na recuperação do território ocupado pela Rússia, deixando implícito que a devolução da Crimeia pode ser adiada.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, acredita que a entrada da Ucrânia na NATO seria vista pela Rússia como um confronto direto, pelo que defende que este não será o "cenário mais provável" no futuro próximo.
REUTERS/Evelyn Hockstein
Para Emmanuel Macron, é necessário dar, no final do conflito, "garantias de segurança" tanto à Ucrânia como à Rússia, posição que reiterou em entrevista a vários jornais (entre os quais oLe Monde, oThe Wall Street Journale oAn Nahar), apesar de já ter recebido muitas críticas de Kiev e da Europa de leste.
"No final, teremos de colocar todos na mesma mesa", considerou, acrescentando que não quer que sejam "apenas os chineses e os turcos a negociar no dia seguinte" ao fim das hostilidades.
O Presidente francês voltou também a defender a autonomia estratégica da Europa, dentro da NATO, mas com menor dependência dos Estados Unidos. "Uma aliança não é algo de que eu dependa, é algo que eu escolho (...) Devemos repensar a nossa autonomia estratégica", disse.
Depois da guerra, deve haver um acordo "que construa uma nova ordem de estabilidade e segurança naquela região da Europa", mas, segundo Macron, a Aliança Atlântica não deve ser a única ferramenta para alcançar este resultado.
"Não podemos pensar na segurança desta região apenas através da NATO", disse, criticando o envio de drones pelo Irão para a Rússia. "Está a ser criada uma espécie de multilateralismo do terrorismo", denunciou.
Macron defendeu ainda que a Ucrânia deve concentrar o seu esforço militar na recuperação do território ocupado pela Rússia, deixando implícito que a devolução da Crimeia pode ser adiada. Embora a recuperação da península da Crimeia, ocupada e anexada pelos russos em 2014, seja algo quase sagrado para o Governo de Kiev, Macron considerou que a prioridade deve ser defender "a Ucrânia atual".
O líder francês insistiu ainda que a guerra deverá terminar na mesa de negociações e não no campo de batalha. "Sempre defendi não achar que este conflito possa ser encerrado apenas por meios militares", lembrou, mostrando-se, no entanto, muito cético quanto à disponibilidade de Moscovo para se sentar e negociar. "O que os russos têm pedido desde o início é a rendição, não a paz", referiu.
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