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Antes de se tornar Papa, Leão XIV criticou as políticas de Trump e J.D. Vance

Robert Francis Prevost, de 69 anos, é o primeiro pontífice norte-americano, mas já discordou publicamente de políticas da administração Trump.

Leão XIV criticou publicamente a política norte-americana, em especial a deportação em massa de imigrantes, antes de ser anunciado como o novo líder da Igreja da Católica. 

Vatican Media via AP

Na rede social X, numa conta que se acredita pertencer ao novo Papa, foi partilhado um artigo de opinião, publicado no National Catholic Reporter, com o título "JD Vance está errado: Jesus não nos pede para hierarquizar o nosso amor pelos outros".

O artigo refere-se a uma entrevista à Fox News, em que o vice-presidente dos EUA se referiu a um conceito cristão para justificar as políticas de imigração impostas por Donald Trump. 

"Há um conceito cristão segundo o qual amamos a nossa família e depois amamos o nosso vizinho, depois amamos a nossa comunidade, depois amamos os nossos concidadãos e, depois disso, damos prioridade ao resto do mundo. Muita da extrema-esquerda inverteu completamente isso", afirmou J.D. Vance.

Em fevereiro, Leão XIV também partilhou um artigo da America Magazine, escrito por Sam Sawyer, que remetia para uma carta do Papa Francisco, com um apelo aos bispos norte-americanos para defenderem a dignidade dos imigrantes. Sobre as políticas de deportação em massa nos EUA, Robert Prevost partilhou na mesma rede um artigo do Bispo Evelio Menjivar, de El Salvador, que criticava a aplicação da lei da imigração pelos governos de Donald Trump e Nayib Bukele.

"Há semanas que o governo federal está a levar a cabo uma campanha de "choque e pavor", com ameaças agressivas e operações altamente visíveis de legalidade questionável, que vão muito além da mera "aplicação da lei" em matéria de imigração", pode ler-se no artigo publicado no mês passado. 

Leão XIV, de 69 anos, é o primeiro pontífice norte-americano, filho de Louis Marius Prevost, de ascendência francesa e italiana, e de Mildred Martínez, de ascendência espanhola. Passou grande parte da sua vida como missionário no Peru e é por essa razão que tem dupla nacionalidade e ficou conhecido como o "menos americano" dos cardeais americanos.

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