Sábado – Pense por si

André Jordan, o fundador dos empreendimentos Quinta do Lago, do Belas Clube de Campo e do Vilamoura XXI, morreu esta sexta-feira (9), avançou fonte familiar ao jornalNascer do Sol. O empresário de referência no turismo português tinha 90 anos.

Vítor Mota/SÁBADO

Andrzej Franciszek Spitzman Jordan, de seu nome verdadeiro, nasceu a 10 de setembro de 1933 na cidade polaca de Lwów – hoje Lviv. Era membro de uma família de judeus abastados e produtores de petróleo, mas devido à invasão da Alemanha à Polónia, a família que estava em fuga pela Europa viu-se obrigada a procurar refúgio.

Acabou por chegar ao Brasil em 1940, para fugir às perseguições nazis na Europa. Mais tarde, já em 1971, veio para Portugal, onde obteve dupla nacionalidade: brasileira e portuguesa, e onde criou a Quinta do Lago, um resort algarvio de luxo muito ligado ao golfe.

Já o Belas Clube de Campo, também dedicado ao mesmo desporto, focou-se na região de Lisboa e foi criado em 1991, tendo sido palco de grandes provas internacionais. Em 2019, foi alvo de um investimento de 500 milhões de euros por parte do André Jordan Group e do Oaktree Capital Management. "Vem contribuir para reforçar a oferta disponível no empreendimento e dar resposta à elevada procura do nosso produto", esclareceu na altura em comunicado de imprensa.

"Os nove campos de golfe criados por André Jordan em Portugal foram o palco de grandes provas internacionais e alguns estão listados entre os melhores na Europa e no mundo. No desenho e na operação dos seus campos de golfe, bem como em todos os outros empreendimentos, especial atenção tem sido dada pelo André Jordan Group ao desenvolvimento sustentável, o que é atestado por inúmeros certificados e prémios internacionais", lê-se no site do Andre Jordan Group.

Além de ter ocupado o cargo de Cônsul Honorário do Brasil no Algarve durante 17 anos, foi ainda jornalista durante a sua juventude. Para trás, deixa quatro filhos e nove netos.

Artigos Relacionados
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.