Sábado – Pense por si

António Horta Osório, de banqueiro a conselheiro dos poderosos

Ana Taborda , Bruno Faria Lopes 15 de dezembro de 2022 às 07:00

Trabalha 12 horas diárias, para deixar a sexta livre. A sua rotina inclui ginásio, ténis, corrida e jejum intermitente. Divide-se entre Lisboa o estrangeiro, em contactos com bancos e fundos internacionais. AHO, como é conhecido lá fora - ou "Torquemada", como o alcunharam no Credit Suisse - é agora o consultor da José de Mello, da Bial e da Impresa. Nos bastidores da finança, há quem garanta que terá um papel crucial por desempenhar em Portugal.

Poucas coisas na vida de António Horta Osório aconteceram por acaso. E poucas escaparam ao seu controlo – pelo menos durante muito tempo. No dia em que fez 30 anos, quando estava a jogar ténis a pares com o pai e o tio, caiu com a raquete na mão e partiu vários ossos do pulso. Depois de uma primeira operação que correu mal, com os parafusos que lhe tinham sido colocados a saírem do sítio, os médicos não tiveram grandes dúvidas: nunca mais ia jogar ténis e corria o risco de não voltar a escrever com a mão direita. Se a lesão não estava nos planos do gestor, deixar de praticar ténis muito menos: foi nessa altura que aprendeu a jogar com a mão esquerda, a mesma com que passou a assinar documentos do banco – era, há um ano, presidente do Santander Negócios Portugal, que tinha lançado aos 29, pouco antes de começar a fazer negócios com a elite empresarial portuguesa e de ouvir um “mas que idade é que você tem?” de Américo Amorim.

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