Trabalha 12 horas diárias, para deixar a sexta livre. A sua rotina inclui ginásio, ténis, corrida e jejum intermitente. Divide-se entre Lisboa o estrangeiro, em contactos com bancos e fundos internacionais. AHO, como é conhecido lá fora - ou "Torquemada", como o alcunharam no Credit Suisse - é agora o consultor da José de Mello, da Bial e da Impresa. Nos bastidores da finança, há quem garanta que terá um papel crucial por desempenhar em Portugal.
Poucas coisas na vida de António Horta Osório aconteceram por acaso. E poucas escaparam ao seu controlo – pelo menos durante muito tempo. No dia em que fez 30 anos, quando estava a jogar ténis a pares com o pai e o tio, caiu com a raquete na mão e partiu vários ossos do pulso. Depois de uma primeira operação que correu mal, com os parafusos que lhe tinham sido colocados a saírem do sítio, os médicos não tiveram grandes dúvidas: nunca mais ia jogar ténis e corria o risco de não voltar a escrever com a mão direita. Se a lesão não estava nos planos do gestor, deixar de praticar ténis muito menos: foi nessa altura que aprendeu a jogar com a mão esquerda, a mesma com que passou a assinar documentos do banco – era, há um ano, presidente do Santander Negócios Portugal, que tinha lançado aos 29, pouco antes de começar a fazer negócios com a elite empresarial portuguesa e de ouvir um “mas que idade é que você tem?” de Américo Amorim.
António Horta Osório, de banqueiro a conselheiro dos poderosos
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O tarefeiro preenche um buraco, não constrói a casa. Tal como no SNS, a proliferação de tarefeiros políticos não surge do nada. É consequência de partidos envelhecidos, processos de decisão opacos, e de uma crescente desconfiança dos cidadãos.
António Ramalho Eanes, general e Presidente da República, com a sua assinalável sabedoria e enorme bom-senso, disse que essa é uma data que deve ser assinalada e recordada, mas não comemorada.