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Luís Delgado: o gestor que não gosta de decidir

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 19 de junho de 2024 às 23:30

Foi jornalista e pioneiro do comentário na TV. É muito reservado, até tímido, mas construiu uma rede de contactos no poder. Foi tudo nos media e ganhou uma fortuna na Time Out. Enfrenta agora a crise da sua vida com o negócio das revistas que comprou a Balsemão. Os credores terão a palavra final.

Foi numa conversa nos corredores da SIC, em setembro de 2017, que Luís Delgado, comentador de política na estação, perguntou pelo maior negócio na imprensa em muitos anos: a venda das revistas da Impresa. Delgado, que há pouco tempo se saíra bem da venda do mercado da Time Out, em Lisboa, vira as notícias sobre os problemas financeiros do grupo de media controlado pela família Balsemão e perguntou a Ricardo Costa, diretor da SIC, o que se passava. Costa confirmou que um portfólio de uma dúzia de publicações – que incluía a Visão, a Exame, a Caras e o Jornal de Letras – estavam à venda e explicou em traços gerais que algumas seriam um bom negócio. Luís Delgado não largaria mais o assunto e foi falar com Francisco Pedro Balsemão, filho do fundador da Impresa e diretor executivo do grupo. Três meses depois estava a comprar 12 revistas por 10,2 milhões de euros e a formar um dos maiores grupos de imprensa do País – a Trust in News (TiN) que, agora, está nas mãos dos credores.

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