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Anestesia fiscal: receita dos impostos sobre o consumo dispara 53% em 10 anos

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 12 de outubro de 2023 às 20:19

O Orçamento do Estado para 2024 prevê mais um agravamento dos impostos indiretos sobre o consumo, que compensa três quartos da receita perdida no alívio do IRS. Estratégia confirma rumo dos governos do PS desde 2016, favorecendo impostos que se notam menos no imediato. Fiscalistas notam que a alteração penaliza quem tem menos.

Era uma vez uma proposta de Orçamento do Estado que tinha umalívio nas taxas de IRSque sacrificava 1.600 milhões de euros em receita, mas que depois ia buscar três quartos dessa perda com alterações e agravamentos nos impostos indiretos sobre o consumo. Essaproposta é a do Governo para o próximo anoe repete de forma genérica a mudança na tónica da tributação ao longo dos últimos oito anos de governação do PS: aliviar os impostos diretos e carregar nos que incidem sobre o consumo. Entre 2015, último ano do governo PSD/CDS, e 2024 a receita total dos impostos indiretos cresceu cerca de 53%, aumentando a sua relevância para os cofres do Estado.

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