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Ultramaratonista utilizou carro durante prova e recebeu medalha de bronze

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 19 de abril de 2023 às 21:00
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A atleta diz agora ter cometido um "erro grave" ao não ter admitido logo a situação mas refere que "não conseguia pensar com clareza" porque se estava a "sentir mal, distraída e com jetlag".

Joasia Zakrzewski é uma ultramaratonista escocesa que utilizou um carro durante uma corrida, na qual ficou em terceiro lugar e cujo prémio que aceitou. Agora admite ter cometido um "erro grave".

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No dia 7 de abril participou na Ultramaratona que liga Manchester a Liverpool e onde os atletas têm de percorrer 80 quilómetros entre as duas cidades inglesas. Joasia Zakrzewski ficou em terceiro lugar mas passado pouco tempo foi descoberto que fez cerca de quatro quilómetros de carro.

A atleta, 47 anos, defendeu-se referindo que se perdeu mais ou menos a meio do percurso, quando a perna lhe começou a doer. A dor ter-se-á tornado tão forte que quando encontrou um amigo do lado de fora do percurso aceitou a sua boleia até ao próximo ponto de controlo para informar os responsáveis que ia desistir da corrida, ao chegar ao posto de controlo e explicar a sua situação os fiscais incentivaram-na dizendo: "Vai-se odiar se parar".

Joasia Zakrzewski terá concordado manter-se na corrida, mas "de uma forma não competitiva". A atleta partilhou até que se esforçou "para não ultrapassar a corredora da frente" para não interferir na sua corrida.

Apesar de ter afirmado que não continuava na corrida de uma forma competitiva, na chegada recebeu uma medalha, um troféu de madeira pelo terceiro lugar e ainda tirou fotos com os outros membros do pódio.

A atleta considera que o "erro grave" foi cometido porque se estava a "sentir mal, distraída, com jetlag e não conseguia pensar com clareza". Agora, quis deixar o um pedido de desculpas a Mel Sykes, a quem o terceiro lugar foi agora atribuído, garantindo que "não foi mal intencionada" e que se tratou apenas de um "falha de comunicação".

O diretor da GB Ultras, responsável por várias ultramaratonas, partilhou que após o término da prova que liga Manchester a Liverpool foi informado que um atleta "recebeu uma vantagem competitiva antidesportiva durante uma secção do evento".

Wayne Drinkwater acrescentou que "depois do evento, não existiu nenhuma tentativa por parte Joasia Zakrzewski de explicar o que tinha acontecido" para que a organização pudesse "corrigir os resultados e devolver o troféu durante a semana seguinte".

O diretor garantiu ainda que todos os membros da organização "não sabiam que Joasia Zakrzewski tinha sido transportada num veículo num dado momento da corrida". Essa informação só chegou à organização mais tarde, através de outro atleta.

Em fevereiro, Joasia Zakrzewski estabeleceu um novo recorde mundial para as corridas de 48 horas, tendo completado 411,5 quilómetros, na Ultramaratona de Taipé (Taiwan).

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