O psicólogo Tiago Pimentel alerta para o impacto dos incêndios na população. Revelou que o cenário de catástrofe pode gerar um impacto psicológico compatível com quadros de ansiedade extrema, angústia e, em alguns estados, reações de choque com manifestações extremas como "desmaios".
Todos os anos o cenário é idêntico: além de os incêndios consumirem milhares de hectares e, por vezes, provocarem a morte de pessoas, há também quem veja as suas casas serem consumidas pelas chamas ou os terrenos completamente destruídos. O impacto deste cenário na população é bastante devastador, como explica à SÁBADO o psicólogo Tiago Pimentel. "São situações de ansiedade e pânico, acompanhados de uma sensação de impotência e frustração muito grande", refere. "Se no meio houver a infelicidade de uma perda familiar, o impacto ainda é maior."
Incêndio no FundãoRicardo Almeida/CM
Quem vê todo o seu trabalho desaparecer numa questão de minutos tende a ficar imediatamente "em choque e negação". Segundo Tiago Pimentel, estas são as "respostas mais frequentes". Soma-se depois "um transtorno muito grande, que pode levar a situações de pânico e colapso mental muito grande". Algumas situações traduzem-se até em "desmaios", há quem deixe de "comer, dormir ou até tomar banho".
Sendo assim, o que fazer? Tiago Pimentel responde: "A recuperação emocional depende de cada indivíduo. A primeira coisa que se deve fazer é tentar introduzir, no ritmo possível, a reposição das rotinas e a recuperação da realidade. Depois, quem está por perto deve tentar ajudar a pessoa a manter as atividades básicas, como comer ou dormir, e perguntar sempre como a pessoa se está a sentir. No final, é tentar restabelecer as rotinas habituais e avaliar a exposição aos media, pelo efeito que isso pode ter na manutenção da sua vivência da dor, porque isso é mantê-las na dor."
Para ajudar neste tipo de cenários de crise e catástrofe, a Ordem dos Psicólogos já colocou no terreno cerca de 3 mil profissionais. Esta bolsa foi constituída em 2016, o que significa que desde esse ano vários psicólogos têm vindo a ajudar os afetados pelas chamas.
Como se não bastasse, a situação pode também revelar-se bastante complicada para os bombeiros, que por diversas vezes enfrentam momentos de exaustão. "Para os profissionais do terreno, o efeito psicológico tem muito a ver com as questões de ansiedade, que se geram devido ao seu desempenho e à sua agilidade", esclareceu o psicólogo.
É, no entanto, nestes momentos "de grande stresse que as comunidades se unem para tentar ajudar os bombeiros", o que por um lado até pode ser bom para os profissionais no terreno. "Por um lado pode ser bom, porque os bombeiros sentem que as pessoas reconhecem o seu esforço e que estão disponíveis para ajudar. É claro que é um sentimento de orgulho muito grande", refere Tiago Pimentel.
Em Portugal já arderam mais de 200 mil hectares. Em termos gerais, isto significa que é o País com mais percentagem de território ardido na União Europeia, em 2025. Como consequência, já morreram três pessoas, havendo também vários feridos.
O Governo viu-se, por isso, obrigado a ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o acordo bilateral com Marrocos. Suécia , França e Grécia enviaram ajuda para o combate aos incêndios. E o Governo apresentou 45 medidas de resposta às populações afetadas.
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