Aos 36 anos, Vanessa Fernandes assumiu ter sofrido de bulimia e depressão, e que o auge do seu problema de compulsão alimentar culminou com a conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, nos quais participou já doente e com a missão de "sofrer, sofrer, sofrer". Trouxe a prata e a urgência de se curar de uma doença que só hoje, num testemunho emotivo, revelou.
Agosto de 2008, Pequim, China. Vanessa Fernandes, na altura com 22 anos, torna-se na primeira atleta portuguesa a conseguir uma medalha olímpica nos Jogos Olímpicos de Pequim, ao terminar a prova de triatlo em segundo lugar, conquistando a prata. Apesar da vitória, era o rosto do cansaço e da exaustão. As suas imagens correram o mundo e Portugal orgulhou-se desta conquista, celebrando-a com ela. Mas só a atleta portuguesa sabe aquilo que passou para cortar aquela meta, e que agora revela, em parte, ao longo de mais de 15 minutos de entrevista, no documentário da Betclic desenvolvido por Lígia Gonçalves e Miguel Saraiva. Um testemunho emocionante, duro, que nos faz refletir sobre os padrões de sucesso da sociedade, com enfoque nos desportos de alta competição, e nos efeitos que estes têm na saúde mental.
Durante a entrevista, Vanessa Fernandes assume vários momentos difíceis ao longo dos dias e horas que antecederam a competição, dizendo que foi graças à mãe que não colapsou duas horas antes da prova, e que sentiu liberdade e alívio quando finalmente se entregou à verdade da sua agonia. "Eu só queria libertar-me". Seguiram-se sete anos afastada deste desporto e das competições.
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