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Rússia prometeu cessar-fogo mas está a atacar Azovstal

05 de maio de 2022 às 11:08
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A denuncia foi feita pelo exército ucraniano que garante que as forças russas estão a tentar destruir os últimos defensores da fábrica siderúrgica. Cessar-fogo estava prometido durante os próximos três dias para permitir a retirada de cerca de 200 civis.

O exército ucraniano afirmou que as forças russas "estão a tentar destruir" os últimos defensores da fábrica siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, apesar de a Rússia ter anunciado um cessar-fogo a partir da manhã desta quinta-feira.

"Os ocupantes russos estão a atacar e a tentar arrasar as unidades ucranianas no território de Azovstal", disse o exército ucraniano, em comunicado divulgado hoje de manhã, acrescentando que Moscovo "retomou a ofensiva, com o apoio de aviões, para assumir o controlo da fábrica".

A denúncia do exército ucraniano foi feita poucas horas depois de o Kremlin ter anunciado, na quarta-feira à noite, que as suas forças iam cumprir um cessar-fogo durante três dias consecutivos, para permitir a retirada dos cerca de 200 civis ainda presentes em Azovstal, como referiu o presidente da câmara de Mariupol, Vadim Boitchenko.

O comandante do regimento Azov, Denys Prokopenko, que lidera a defesa do local, indicou, por sua vez, num vídeo divulgado na noite de quarta-feira, que as forças russas conseguiram entrar na siderúrgica e ali travaram "combates violentos e sangrentos".

"Desde há dois dias que o inimigo está dentro das instalações da fábrica", admitiu no vídeo divulgado na rede de mensagens Telegram. "Estou orgulhoso dos meus soldados porque estão a fazer esforços sobre-humanos para resistir ao ataque do inimigo. Estou grato ao mundo inteiro pelo colossal apoio dado à guarnição de Mariupol. Os nossos soldados merecem".

A fábrica de Azovstal, um enorme complexo siderúrgico atravessado por redes subterrâneas, tem sido o último reduto de resistência dos combatentes ucranianos contra o exército russo em Mariupol, cidade onde se situa um porto estratégico. A rendição ou captura destes militares seria uma importante vitória para Moscovo.

O autarca Vadim Boitchenko também pediu hoje a continuação da retirada de civis da cidade, realizadas com a ajuda das Nações Unidas e da Cruz Vermelha Internacional.

"Estamos a lutar juntos para salvar cada pessoa, cada morador de Mariupol", assegurou.

Os combates continuam bastante acesos noutras partes do país, sobretudo no leste da Ucrânia, onde, segundo o governador da região de Donetsk, se registou um ataque a uma área residencial de Kramatorsk durante a noite que provocou 25 feridos civis. O exército russo referiu que esse ataque tinha como alvo um posto de comando ucraniano e dois armazéns militares situados no aeródromo da cidade.

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