Ativista antirracismo terá que pagar 2.400 euros. Caso está ligado à morte do cabo-verdiano Alcindo Monteiro em 1995, em Lisboa.
O ativista antirracismo Mamadou Ba foi hoje condenado ao pagamento de 2.400 euros por difamação do militante de extrema-direita Mário Machado, num caso ligado à morte do cabo-verdiano Alcindo Monteiro em 1995, em Lisboa.
Em causa está uma frase escrita por Mamadou Ba na rede social X (antigo Twitter), na qual o ativista antirracismo considerou Mário Machado uma das figuras principais do homicídio de Alcindo Monteiro no Bairro Alto.
REUTERS/Catarina Demony
Num comunicado enviado à SÁBADO o Movimento SOS Racismo denunciou a decisão final do tribunal, e garantiu a existência de uma "perseguição política". O grupo demonstra a sua solidariedade com o dirigente. "Perante a decisão do tribunal em acompanhar a vontade de um confesso neonazi, o Movimento SOS Racismo reitera a sua solidariedade com Mamadou Ba e denuncia a perseguição política de que tem sido alvo e, através dele, o próprio antirracismo."
O grupo garante ainda que a deliberação não passa de um "estratagema para banalizar e normalizar o racismo" e culpa os meios de comunicação pela forma como este tipo de acontecimentos são tratados. "Lamentamos a manipulação dos meios de comunicação no tratamento deste e de outros casos, com efeitos de lavagem da imagem do racismo, da extrema-direita e dos seus atores mais reconhecidos", disseram.
"É importante não esquecer que Mário Machado foi dos poucos envolvidos na violência do dia 10 de junho de 1995 e que o mesmo nunca demonstrou qualquer arrependimento", acrescentou. Aquele que é um dos fundadores do grupo neonazi português Frente Nacional "continua militarmente envolvido em movimentos de ideologia de extrema-direita", adianta o comunicado.
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