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Manifestando-se "profundamente preocupado" com os "custos económicos, sociais e financeiros" do conflito, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que, a nível europeu, os diferentes Estados-membros estão a "tentar encontrar políticas comuns para lidar com estes dramas", designadamente em termos de políticas energéticas.
O Presidente da República saudou este sábado a promessa da Comissão Europeia de criar financiamentos adicionais a nível europeu para investimentos em infraestruturas energéticas, considerando que é necessário encontrar "medidas excecionais" durante uma "situação excecional".
EPA/YIANNIS KOURTOGLOU / POOL
Em declarações aos no Palácio Presidencial de Chipre, em Nicósia, após um encontro de cerca de uma hora com o seu homólogo cipriota, Nicos Anastasiades, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que um dos temas discutidos durante o encontro foi o impacto económico da guerra da Ucrânia e a resposta da União Europeia (UE).
Manifestando-se "profundamente preocupado" com os "custos económicos, sociais e financeiros" do conflito, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que, a nível europeu, os diferentes Estados-membros estão a "tentar encontrar políticas comuns para lidar com estes dramas", designadamente em termos de políticas energéticas.
"É por isso que saudamos propostas tais como a da Comissão Europeia em termos energéticos, a tentar encontrar uma solução justa para esta situação específica. Quando vivemos uma situação excecional, devemos encontrar medidas excecionais durante estes tempos tão difíceis de guerra", referiu.
Nicos Anastasiades também abordou a questão energética, sublinhando que Chipre "apoia todas as medidas para fortalecer a autonomia energética e a segurança de abastecimento dos Estados-membros e da UE".
"Chipre, devido às suas excelentes relações e sinergias de longa data com os seus países vizinhos, está pronto para assumir um papel importante e ser parte das soluções energéticas que a região do Mediterrâneo Oriental pode oferecer, com projetos concretos", garantiu.
Anastasiades quis dar "dois exemplos paradigmáticos" do papel que Chipre pode ter na arquitetura energética europeia, abordando o East Mediterranean Gas Fórum, "que fornece uma plataforma ideal que a UE pode utilizar para promover a sua agenda energética", e as interconexões energéticas EuroAsia e EuroAfrica, que passam ambas por Chipre.
Além da questão europeia, os dois presidentes também abordaram as relações bilaterais entre Portugal e Chipre, pouco depois de terem visto o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, e o ministro da Defesa cipriota, Charalambos Petrides, a assinar um acordo de troca e proteção mútua de informação classificada, que estava a ser negociado entre os dois países desde 2019.
Para Anastasiades, a visita de Marcelo Rebelo de Sousa -- a primeira de um chefe de Estado português ao país -- constitui um "ponto de viragem" e "abre um novo capítulo" entre Portugal e Chipre.
O Presidente cipriota defendeu que há potencial para Portugal e Chipre melhorarem a cooperação nas áreas do comércio, da educação, do investimento e do turismo.
"Concordámos em tomar passos para fazer avançar a interação entre as comunidades empresariais cipriotas e portuguesas, assim como em [...] aumentar os fluxos de pessoas através do estabelecimento de voos diretos entre os dois países", anunciou.
Do seu lado, Marcelo Rebelo de Sousa estabeleceu paralelismos entre Chipre e Portugal, designadamente por serem plataformas entre a Europa e outros continentes e por terem diásporas significativas em todo o mundo.
Em sintonia com Anastasiades, o Presidente português também defendeu que as relações bilaterais devem passar pela educação ou turismo, a que acrescentou ainda a área da saúde, da ciência, tecnologia, inovação ou transição energética.
"As relações sociais [entre os povos] podem equiparar-se com os laços políticos e económicos muito bons que temos mantido ao longo dos anos", considerou.
Marcelo defendeu assim que a sua visita é "significativa" porque significa que os dois países "partilham tanto", que é necessário que fiquem "em contacto a todos os níveis".
Após a reunião com Anastasiades no Palácio Presidencial, Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se até ao parlamento cipriota, para um encontro com a presidente da Câmara dos Representantes, Annita Demetriou.
Esta tarde, Marcelo Rebelo de Sousa irá visitar o centro histórico de Nicósia e, depois, encontrar-se com membros da comunidade portuguesa em Chipre. À noite, voltará ao Palácio Presidencial para um jantar com o seu homólogo cipriota.
Na sexta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu "financiamento adicional ao nível europeu" para investimentos em infraestruturas energéticas, anunciando nas próximas semanas "propostas mais pormenorizadas" devido à crise energética, que podem incluir tetos ao gás.
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