Ursula von der Leyen também deixou uma mensagem de otimismo antes da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disseram esta quinta-feira esperar que a 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) seja "um sucesso".
Ursula von der Leyen e António CostaAP
"Olá, Belém! Estou muito feliz por participar na COP30, um encontro crucial no coração da Amazónia para mostrar que o multilateralismo pode ser eficaz na luta existencial contra as alterações climáticas", escreveu António Costa na rede social X, dando conta da chegada ao município brasileiro que vai acolher este encontro anual das Nações Unidas sobre o clima.
"Este é um momento de oportunidade. Vamos fazer da COP30 um sucesso", adiantou António Costa.
Também através da X, Ursula von der Leyen partilhou uma fotografia de uma reunião com o Presidente brasileiro, Lula da Silva, a quem agradeceu por ser anfitrião da COP30 "às portas da Amazónia".
"Com o início da COP30, pode contar com todo o apoio da Europa. O Brasil está a demonstrar grande liderança - seja na questão de atribuir um preço ao carbono ou na luta pelas nossas florestas", acrescentou.
Ursula von der Leyen revelou que na reunião com o Presidente brasileiro foi ainda abordado o acordo comercial da União Europeia (UE) com os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul), para o qual se espera uma conclusão até final do ano.
"Também discutimos o Acordo de Parceria UE-Mercosul. Juntos, podemos criar um mercado que beneficiará 700 milhões de pessoas", adiantou Ursula von der Leyen.
O acordo UE-Mercosul inclui exigências relacionadas com a Amazónia, a maior floresta tropical do mundo, que, segundo a comissão europeia, refletem a preocupação europeia com a proteção ambiental, impondo compromissos mais rigorosos em matéria de desflorestação e sustentabilidade.
António Costa e Ursula von der Leyen participam hoje e sexta-feira numa cimeira de líderes convocada pelo governo brasileiro, que antecede o início formal da COP30 e reúne mais de meia centena de chefes de Estado, de Governo e de instituições internacionais como a União Europeia.
Trinta e três anos após a sua criação no Rio de Janeiro a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) volta ao Brasil, com a realização da COP30 entre 10 e 21 de novembro, quando os limites acordados para o aquecimento global estão a ser ultrapassados.
Em 1992, no Rio de Janeiro, na conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente, foi criada a UNFCCC, que rege o multilateralismo no âmbito do combate ao aquecimento global e que criou a Conferência das Partes (COP), a cimeira para implementar os compromissos para tentar impedir o aumento da temperatura global, que provoca as alterações climáticas.
Desde então as COP realizaram-se 29 vezes e a partir de segunda-feira a ONU reúne os países pela 30.ª vez, na COP30, de novo no Brasil onde tudo começou.
Na história das reuniões ficou nomeadamente a COP21, em Paris, da qual saiu o histórico Acordo de Paris, em que o mundo concordou em tudo fazer para impedir o aumento das temperaturas acima dos dois graus Celsius (ºC) em relação à época pré-industrial, e de preferência que esse aumento não ultrapasse os 1,5ºC.
Em 30 anos de COP e 33 após a Conferência da Terra, ou Conferência do Rio, a trajetória não foi a melhor. Em 2024, pela primeira vez, as temperaturas globais ultrapassaram o limite dos 1,5 ºC, atingindo 1,6 ºC acima dos valores médios da época pré-industrial.
Ambientalistas e cientistas têm reconhecido que os objetivos das COP, de redução das emissões de gases com efeito de estufa não estão a ser alcançados.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.