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Kanye West pediu desculpa à comunidade judaica por comentários antissemitas

Andreia Antunes com Ana Bela Ferreira
Andreia Antunes com Ana Bela Ferreira 26 de dezembro de 2023 às 20:00
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Entre os comentários antissemitas mais contestados do rapper estão os que fez numa entrevista com Alex Jones, em dezembro do ano passado, em que referiu que havia coisas boas sobre Hitler.

O cantor norte-americano Kanye West pediu desculpa à "comunidade judaica" por uma série de comentários antissemitas que fez em 2022.

Numa declaração publicada em hebraico na sua conta do Instagram (recentemente reativada), escreveu: "Peço sinceras desculpas à comunidade judaica, não era minha intenção magoar ou rebaixar, e lamento profundamente qualquer dor que possa ter causado. Comprometo-me a começar por mim próprio e a aprender com esta experiência para garantir uma maior sensibilidade e compreensão no futuro. O vosso perdão é importante para mim, e estou empenhado em fazer as pazes e promover a unidade".

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Kanye West foi banido de várias redes sociais e afastado de várias marcas depois de escrever vários comentários antissemitas na rede social X (antigo Twitter) em 2022.

Entre as marcas que cortaram laços com o artista estava a Adidas, que considerou os seus comentários "inaceitáveis, odiosos e perigosos", tendo acabado assim com o calçado Yeezy. A Gap, que também tinha uma parceria com Kanye West, deixou de vender produtos afiliados ao mesmo.

Entre os vários comentários antissemitas do rapper conta-se o que disse, em dezembro do ano passado numa entrevista com Alex Jones, onde referiu ver "coisas boas em Hitler, todo ser humano tem algo de valor, especialmente Hitler." Na época, acrescentou ainda que os "[nazis] fizeram coisas boas também, há muitas coisas que eu amo em Hitler".

Os seus comentários foram condenados por Jonathan Greenblatt, diretor nacional e chefe executivo da Liga Anti-Difamação, que se referiu ao cantor como um "antissemita perverso que pôs os judeus em perigo."

O seu novo álbum Vultures, que deverá ser lançado no dia 12 de janeiro, foi ouvido em Miami este mês, e aborda os comentários anteriores do rapper, que canta uma música à qual deu o nome I ain't antisemitic (não sou antissemita).

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