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José Castelo Branco arrisca pena de prisão preventiva caso não regresse a Portugal

Luana Augusto
Luana Augusto 22 de janeiro de 2025 às 07:00
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Socialite aproveitou lapso de juiz para ir até Nova Iorque tratar uma infeção. "Não sei se é cancro ou não." Caso não regresse até ao fim da semana poderão ser emitidos mandados de busca internacionais.

José Castelo Branco, que viajou no passado domingo para os EUA devido a umlapso de um juiz, arrisca uma pena de prisão preventiva caso não regresse dentro de poucos dias a Portugal, explicam àSÁBADOdois magistrados do Ministério Público (MP), que pediram para não ser identificados.

O socialite aproveitou um despacho do Tribunal de Sintra - onde corre o processo por suspeitas de violência doméstica contra a ainda mulher Betty Grafstein -, datado de 15 de janeiro, que indicava que o arguido não estava proibido de sair do País por menos de cinco dias, para se dirigir até Nova Iorque. Contudo, o erro acabou por ser corrigido no dia seguinte. 

"Ele não tem a culpa deste lapso, mas se o período de saída que lhe foi autorizado foi de cinco dias, então terá que regressar até essa data. Se for ultrapassado o prazo fixado, então aí estará em violação com as medidas de coação", explica um dos magistrados.

Isto significa que José Castelo Branco terá de regressar a Portugal até à próxima sexta-feira, dia 24 de janeiro. Caso o seu regresso não se verifique, seria "extremamente complicado obter a colaboração dos EUA para o extraditar para Portugal".

"Neste caso teria que ser emitido um mandado internacional. O europeu não iria funcionar. E depois era capaz de ser complicado obtermos a colaboração dos EUA para extraditar José Castelo Branco para Portugal", detalha o mesmo magistrado. "Se tiver nacionalidade americana pode ser ainda mais complicado."

Autorização deveu-se a questão de saúde

O outro magistrado do MP já havia considerado esta autorização "bastante estranha", uma vez que este tipo de cenários, por norma, só são justificados por motivos excecionais. "Pode ter sido evocado um pedido especial de autorização por motivos de doença ou familiar ou tratamento a nível médico. Se não for isso é estranho. Teria que haver uma justificação muito forte", garante.

José Castelo Branco entretanto já justificou, através de uma live no Instagram, que "o meretíssimo" autorizou a deslocação até Nova Iorque "para me vir tratar". E acrescentou: "Estou sem teto, sem nada".

Numa história (publicação temporária) para a mesma rede social confessou não saber se tem cancro. "Tive uma terrível, terrível infeção. Não sei se é cancro ou não".

José Castelo Branco/Instagram

Tentativa de visita a Betty pode agravar as medidas de coação

Apesar da inicial autorização do juiz para a saída do País, José Castelo Branco continuava proibido se contactar com Betty Grafstein, que o acusou de violência doméstica e que pediu o divórcio ao fim de quase 30 anos de relação. Porém, o advogado do socialite acabou por confirmar em entrevista ao V+Fama que este tentou visitar a norte-americana no hospital em Nova Iorque. Um ato que pode configurar tentativa de violação das medidas de coação e que pode ser uma agravante para José Castelo Branco, lembra um dos magistrados com que a SÁBADO falou.

"José Castelo Branco estava proibido de a contactar, por isso, é mais uma agravante que poderá alterar a medida de coação."

DR

O alerta, para uma alegada violação doméstica, soou em abril do ano passado quando Betty, de 95 anos, ficou internada no Hospital de Cascais com lesões no corpo. Internada, desabafou com profissionais de saúde que acompanhavam que sofria de violência por parte do marido.

Betty afirmou que foi José Castelo Branco que a empurrou, provocando estes ferimentos. Porém, o socialite desmentiu esta acusação. O caso acabou por ser investigado e José Castelo Branco chegou até a usar uma pulseira eletrónica, como forma de garantir que não se aproximava da mulher. O MP decidiu acusá-lo formalmente de violência doméstica a 25 de novembro do ano passado.

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