Gwyneth Paltrow acusada de causar acidente de esqui

O acidente, cuja culpa Paltrow disputa, aconteceu em 2016, no estado americano do Utah. O queixoso exige €278 mil da atriz, que o processou de volta por apenas um dólar.

A atriz e empresária Gwyneth Paltrow, de 50 anos, foi processada no estado do Utah por alegadamente ter causado um acidente de esqui por "negligência", dizem os advogados do queixoso, o médico reformado Terry Sanderson.

Pascal Le Segretain/Getty Images
O acidente aconteceu a 26 de fevereiro de 2016, num declive do resort de Deer Valley, deixando Sanderson, agora com 76 anos, com costelas partidas e danos cerebrais. A representação legal do reformado diz que, além de ter causado o acidente, Paltrow fugiu do local sem chamar ajuda ou confirmar se Sanderson estava bem.

O médico exige da atriz 300 mil dólares, ou 278 mil euros, em danos pelo sofrimento causado, um valor que era de $3,1 milhões, ou €2,9 milhões, antes de ser revisto. Paltrow, que diz que as alegações são "completamente mentirosas", processou-o de volta, pedindo apenas um dólar e as despesas de representação.

Terry Sanderson mantém que a atriz estava a olhar para os filhos, que estavam nas imediações a ter aulas de esqui, no momento do embate. "Ela sabia que esquiar dessa maneira, esquiar cegamente montanha abaixo enquanto olhava para cima e para os lados é irresponsável", disse a representação do reformado.

"Antes do acidente, Terry era uma pessoa encantadora, extrovertida e gregária", disseram ainda os advogados. "Ele estava a viver uma vida plena, a viajar pelo mundo, a fazer os possíveis para aproveitar a vida e cuidar da saúde", algo que, argumentam, já não é capaz de fazer.

O advogado de Paltrow, Steve Owens, por sua vez, mantém que a atriz tinha acabado de começar a descer a montanha quando um par de esquis lhe surgiu entre as pernas e o homem colidiu com ela por trás. A defesa apoia-se ainda nos problemas de visão e audição prévios de Sanderson como motivo principal do acidente.

O caso dependerá da determinação de qual dos esquiadores estava mais acima no declive na altura do acidente, já que as políticas de segurança do resort determinam que a prioridade deve ser dada ao esquiador que se encontra mais abaixo, ou à frente no percurso.

O julgamento, que começou na terça, 21, deve durar oito dias, após os quais será conhecido o veredicto.