Andrew Tate vai ficar detido mais um mês

Andrew Tate vai ficar detido mais um mês
Diogo Barreto 22 de março
As mais lidas

Andrew Tate e o irmão Tristan permanecerão detidos até ao final de abril, enquanto as autoridades romenas investigam as suspeitas de tráfico humano.

A justiça da Roménia renovou, pela quarta vez, a extensão da detenção preventiva de Andrew Tate, a personalidade digital suspeita de gerir uma rede de tráfico humano. 

Redes Sociais / Twitter
O antigo lutador de kickbox está detido desde dezembro numa prisão em Bucareste, a capital romena. Foi detido com o irmão, Tristan, e duas mulheres de origem romena por suspeitas de tráfico humano e de fazerem parte de uma organização criminosa. Até ao momento não foi deduzida qualquer acusação contra nenhum dos quatro detidos. 

Ramona Bolla, porta-voz da agência romena contra o crime organizado, disse, citada pela agência noticiosa Associated Press que um juíz do tribunal central de Bucareste assinou o pedido feito pelos procuradores de manter os quatro suspeitos detidos enquanto decorria a investigação. A lei romena permite detenção durante 180 dias sem acusação formal. No final desta quarta extensão, terão passado 150 dias desde que Tate foi detido. A semana passada a defesa de Tate apresentou um pedido de libertação mediante o pagamento de uma fiança.

Tate, de 36 anos, tornou-se conhecido no mundo do kickbox, mas depois começou a criar uma base de seguidores nas redes sociais onde publicava vídeos com teor misógino. Só no Twitter tem mais de cinco milhões de seguidores e os seus vídeos são amplamente divulgados no TikTok pelos seus seguidores mais fiéis - na sua maioria, adolescentes. As suas posições misóginas valeram que fosse expulso de várias plataformas de redes sociais, mas as suas posições continuaram a ser espalhadas pelos seus seguidores.

O britânico que vive na Roménia desde 2017 negou as suspeitas que recaem sobre si e acusou os procuradores romenos de estarem a obedecer a ordens políticas que o querem calar. 

Em dezembro as autoridades romenas afirmaram que identificaram seis vítimas de tráfico humano que haviam sido "exploradas sexualmente".
Artigos Relacionados