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Vacinação: retrato de um plano amador

Lucília Galha , Marco Alves , Margarida Davim 10 de fevereiro de 2021 às 20:00
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Listas de pessoas a vacinar não são controladas. Há doses que foram para o lixo e sobras que foram parar ao braço de um vereador de câmara de Lisboa. Esta quinta-feira, a SÁBADO publica uma grande investigação ao plano de vacinação para a covid-19.

Há quem no setor da Saúde veja em Francisco Ramos, o antigo secretário de Estado e ex-coordenador da task force, como "um erro de casting" e lembre que ele saiu do Governo depois de ter avançado numa entrevista ao Público, em julho de 2019, a ideia de criar um seguro público de saúde. A medida nunca fez parte dos planos de António Costa e o ruído que gerou acabou por levar à saída de Ramos do Executivo. Um dirigente socialista diz à SÁBADO que Costa se "atirou às paredes com aquele excesso" de Francisco Ramos na altura.

Mas pouco mais de um ano depois, o ex-secretário de Estado estava de volta à ribalta. A explicação? Para muitos, passa pela proximidade de Ramos a Correia de Campos: faz parte de um grupo de amigos que inclui Marta Temido, o marido desta, Jorge Simões, e o ex-diretor da DGS Francisco George. "São visitas de casa uns dos outros", garante uma fonte socialista, que critica a falta de técnicos e cientistas na task force. "O que lá está é uma estrutura burocrática."

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