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Um dia com Ana Jorge, provedora da Santa Casa: “Aqui é tudo aos milhões, é assustador”

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 14 de outubro de 2023 às 10:00

Ana Jorge “já teve de dizer não a muita coisa” desde que chegou à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa em crise. A provedora espera ter lucros este ano e joga à defesa sobre o efeito viciante das raspadinhas: “As pessoas deixariam de jogar se não houvesse raspadinhas?”

Ana Jorge está há cinco meses à frente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e já usou várias vezes a palavra mais importante para quem gere. “Já disse ‘não’ a muita coisa, é horrível”, conta enquanto viaja de carro com a SÁBADO, que acompanha o seu dia de trabalho. O orçamento anual superior a 200 milhões de euros atrai muitos pedidos distantes da missão social da instituição, como o que uma vila alentejana lhe fez há pouco tempo, para patrocinar um festival de fado. “Eu perguntei: ‘porque é que a Santa Casa apoiaria?’”, diz. A provedora, que já tinha estado na instituição, lembra-se de um pedido no Europeu de Futebol de 2016, para a Santa Casa patrocinar um ecrã gigante em Lisboa, ao lado dos pavilhões das cervejeiras. “Ficava chocada com certos pedidos”, lembra.

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