A insustentável ilusão
A Colis Colis é uma espécie de roleta russa com pacotes de encomendas que nunca foram reclamados. E, ao contrário do que se possa pensar, são tantos que o negócio nunca tem ruptura e funciona em modo franquia.
A Colis Colis é uma espécie de roleta russa com pacotes de encomendas que nunca foram reclamados. E, ao contrário do que se possa pensar, são tantos que o negócio nunca tem ruptura e funciona em modo franquia.
A Santa Casa da Misericórdia que não é uma Misericórdia há 190 anos, o governo que nomeia dirigentes desde 1834, as crises financeiras recorrentes, a política e os privados que se apropriam dos seus fundos - e o mito de que os lucros dos "jogos sociais" vão todos para a obra social.
A probabilidade de ser jogador patológico é superior entre os jogadores do sexo masculino e entre os jovens entre os 25 e os 34 anos, segundo o estudo hoje divulgado.
Bem precisa a pia instituição que as receitas aumentem 8,2% em relação a 2023 para, por exemplo, fazer face a alegados prejuízos de 50 milhões de euros em investimentos duvidosos que estão a ser investigados pelo Ministério Público.
A crise económica de 2008 disparou-lhe a prestação da casa e obrigou-o a aprender sobre finanças pessoais. Desde então o jornalista partilha tudo o que sabe, no programa Contas Poupança, na SIC, e em livros. Ganhar Dinheiro – Como Criar Riqueza com um Salário Normal é o mais recente.
Portugal tira aos pobres para aliviar os miseráveis, com comissões para os privilegiados. Vivemos num Estado de violência latente muito perigosa.
Segundo o estudo, "o consumo frequente de raspadinhas é mais comum nas pessoas com baixos rendimentos".
Luís, Augusto, Catarina, Nélson e Rafael lutam há anos contra a adição e quase morreram por causa da droga. Chegaram a recair, mas agora tentam reconstruir a vida.
Francisco Assis tinha manifestado há mais de um ano a intenção de promover o estudo, mas a pandemia da covid-19 e a falta de meios financeiros foram adiando a sua concretização.
Notícias de grande interesse antropológico, como a polémica gerada pela estátua de um antigo bispo de Braga a segurar um báculo (bastão) com formas que lembram um pénis, mostram-nos um país ignorado, a que os comentadores e cronistas negam qualquer significado ou grandeza.
SICAD analisou inquérito que revela ainda a existência de 24 mil jogadores patológicos ligados à raspadinha.
Com um valor facial de um euro, a "raspadinha" do Património vai ter um prémio máximo de 10 mil euros, segundo o Ministério da Cultura.
Uma avó de 66 anos relata à SÁBADO a dependência, a recuperação e a recaída. Frequenta o grupo de autoajuda Jogadores Anónimos e já se perdoou. Especialistas alertam que o problema tem vindo a aumentar em Portugal.
Estudo da Santa Casa da Misericórdia revela que são os mais pobres que mais jogam na raspadinha, representando 50% do total de jogadores. Mulheres jogam mais que os homens e Grande Lisboa e Centro concentram quase metade de todas as raspadinhas vendidas.
Há muita comunicação e pouca informação, numa obesidade informativa que banaliza o número de casos e nos familiariza com a palavra morte.
Se algo faz mal aos mais pobres, devemos limitar ou abolir o acesso deles à fonte dos seus infortúnios. Porque os pobres, sugere o novo puritanismo, são como crianças que não entendem os males do mundo. Precisam de uma mão tutelar, e obviamente estatal, para poderem viver e crescer nos seus habitats incorrompidos