O ex-primeiro-ministro deverá prestar declarações sobre Vale do Lobo. E esperam-se novos confrontos com os procuradores.
José Sócrates volta esta terça-feira ao Campus de Justiça, em Lisboa, para responder no julgamento da Operação Marquês, um mês e meio depois da última sessão. O antigo primeiro-ministro socialista deverá abordar o tema de Vale do Lobo mas também deverá voltar a atacar o Ministério Público e a acusação, como tem vindo a fazer.
Sócrates volta a julgamento no Campus da Justiça, em LisboaFILIPE AMORIM/LUSA
Em causa está um conjunto de empréstimos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos para financiar a aquisição do resort de luxo de Vale do Lobo no Algarve, em 2008. O consórcio era liderado por Diogo Gaspar Ferreira e por Rui Horta e Costa. O banco público concedeu um empréstimo de 284 milhões de euros no projeto de expansão de Vale do Lobo, enquanto os investidores entraram apenas com cerca de seis milhões de euros de capitais próprios. O projeto acabou por cair causando um grande prejuízo ao banco público, principalmente quando comparado ao prejuízo dos investidores privados.
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“Agressividade será a estratégia de José Sócrates nos próximos dias”: balanço do segundo dia de julgamento da Operação Marquês
Segundo o Ministério Público, José Sócrates e Armando Vara terão dividido uma contrapartida de dois milhões de euros. Esse montante terá sido recebido, segundo a acusação, através da transferência entre janeiro e abril de 2008 de um empresário holandês chamado Jerome Van Dooren, alegadamente a pedido de Diogo Gaspar Ferreira, para uma conta na UBS indicada por aquele gestor de Vale do Lobo. A conta da UBS, sem que Van Dooren soubesse, pertencia a Joaquim Barroca, do grupo Lena. Mais tarde, entre fevereiro e junho de 2008, os 2 milhões de euros foram repartidos entre Carlos Santos Silva e Armando Vara, com o primeiro a funcionar como alegado intermediário para Sócrates.
Até ao momento, Sócrates já abordou o tema da PT, do TGV, Parque Escolar e as ligações com o Grupo Lena e o amigo Carlos Santos Silva.
Nas cinco sessões que já decorreram não houve um dia em que o antigo primeiro-ministro não tenha criticado a atuação da juíza e foi admoestado várias vezes pela forma como se referiu aos procuradores presentes na sala. Foi, inclusivamente, admoestado por se ter ausentado da sala para ir à casa de banho sem informar que se ia ausentar.
Por mais de uma vez Sócrates acusou o MP de ter interesses populistas devido a perguntas feitas pela equipa Rui Real, Rómulo Mateus e Nadine Xarope a propósito da acusação.
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