Sábado – Pense por si

Moedas usou meios da câmara para o seu livro pessoal

Mobilizou assessores pagos pela autarquia, usou espólio fotográfico e recorreu a equipamentos para filmar, fotografar e divulgar o livro, de cujos direitos e proveitos beneficiou. Justifica que o livro era para "prestar contas aos munícipes"

À partida, foram eventos muito semelhantes: os presidentes das duas maiores câmaras municipais, Lisboa e Porto, lançaram livros pessoais enquanto estavam em funções. Rui Moreira lançou em 2025 Ponto Final, Carlos Moedas publicou em 2024 Liderar com as pessoas. Mas houve diferenças na produção e promoção desses livros, nomeadamente o uso de meios humanos e materiais que eram propriedade das autarquias ou estavam a ser pagos pelo erário público.

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