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Sindicato de Enfermeiros acusa PSD e CDS de "preferirem professores" a outros profissionais

03 de maio de 2019 às 16:24
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SEP recorda que o Bloco de Esquerda apresentou uma iniciativa para contar tempo de serviço a 15 mil enfermeiros, proposta na qual PSD, CDS e PCP se abstiveram, enquanto o PS votou contra.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusa oPSDe oCDSde mostrar de forma inequívoca preferência pelosprofessoresem detrimento de outros profissionais, como os enfermeiros.

Em comunicado divulgado esta sexta-feira, o SEP recorda que o Bloco de Esquerda apresentou uma iniciativa para contar tempo de serviço a 15 milenfermeiros, proposta na qual PSD, CDS e PCP se abstiveram, enquanto o PS votou contra.

Trata-se do caso de cerca de 15 mil enfermeiros reposicionados nos 1.201 euros, em início de carreira, em 2011, 2012, 2013 e 2015 aos quais o Governo não quer contabilizar o tempo de serviço antes daquelas datas, levando nalguns casos os profissionais a perder mais de 10 anos.

"É neste contexto que os enfermeiros condenam a atitude do PSD e CDS, que demonstram de forma inequívoca que preferem uns trabalhadores em detrimento de outros, em concreto dos enfermeiros", refere o comunicado do sindicato.

Questionada pelaLusasobre a posição do SEP em relação ao PCP, que também se absteve no caso dos enfermeiros, mas aprovou a recuperação do tempo dos professores, a dirigente sindical Guadalupe Simões admitiu que o PCP "também não contribuiu para a clarificação necessária" sobre o tempo de serviço dos enfermeiros.

Contudo, Guadalupe Simões considera que, na altura em que foi discutida e votada a proposta dos enfermeiros, o PCP "justificou de forma correta a razão" da sua abstenção, com o facto de o artigo 18.º da Lei do Orçamento -- sobre reposições remuneratórias -- permitir a contabilização de todo o tempo de serviço aos enfermeiros.

O SEP garante que continuará a lutar para que o tempo de serviço dos 15 mil enfermeiros seja contabilizado.

O parlamento aprovou na quinta-feira, com o voto contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, uma alteração ao decreto do Governo sobre a recuperação de tempo de serviço congelado aos professores, estipulando que o tempo de serviço a recuperar é de são nove anos, quatro meses e dois dias, como era reivindicado pelos sindicatos.

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