
Sindicato responsabiliza Governo pela falta de enfermeiros no INEM
A falta de enfermeiros no instituto que coordena a emergência pré-hospitalar tem levado a um elevado volume de trabalho extraordinário, refere o sindicato.
A falta de enfermeiros no instituto que coordena a emergência pré-hospitalar tem levado a um elevado volume de trabalho extraordinário, refere o sindicato.
Greve abrange enfermeiros que exercem funções nos cuidados de saúde primários das ULS de Santa Maria, São José, Lisboa Ocidental, Loures-Odivelas, Estuário do Tejo, Amadora/Sintra e no Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Sul da ULS do Oeste.
"O mais importante é abrir em segurança", sustenta a autarquia. Faltam licenciamentos e contratar médicos e enfermeiros - o próximo grande desafio.
Segundo o presidente do SEP, há hospitais com níveis de adesão mais elevados, como em Abrantes (91%), Hospital Egas Moniz, em Lisboa (73%) ou Hospital da Póvoa do Varzim (79%).
A presidente da Fnam voltou a afirmar que o "único responsável" por esta jornada de luta é a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que "nada fez para resolver o problema da falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS)".
Contudo, greve marcada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, que não integra plataforma de sindicatos que chegou a acordo, vai manter-se.
A greve nacional dos profissionais de saúde decorre na terça e na quarta-feira e será marcada por uma manifestação dos médicos no primeiro dia e por uma concentração dos enfermeiros no segundo.
Sindicato reporta ausência de soluções para diversos problemas, apontados pelo menos desde 2018 à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e à tutela da Justiça.
IGAS abriu 138 processos desde 2017 e estes números “são a ponta do icebergue”, dizem bastonários. O problema é sistémico e os processos não têm consequências.
Os enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde estão esta sexta-feira em greve para exigir a valorização da carreira e a melhoria das condições de trabalho.
Novas formas de luta avançarão caso o Ministério da Saúde não evolua para "posições sensatas, justas e razoáveis", garantiu o presidente do sindicato, Carlos Martins.
"Os valores que está a propor são insultuosos. Os enfermeiros que deram resposta à covid-19 e vacinação estão a ser insultados", diz sindicalista.
Os enfermeiros exigem "o gozo de milhares de horas já trabalhadas" que, na maior parte dos casos, não são pagas, ou são pagas como trabalho normal.
As reuniões ocorrem depois de a tutela ter suspendido em 16 de julho as negociações com os sindicatos por causa do pré-aviso de greve do SEP.
No protesto convocado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses em frente à APHP, os manifestantes gritavam palavras de ordem como "É urgente e necessário o aumento do salário", "Têm lucros aos milhões para os enfermeiros só tostões" ou "35 horas para todos sem demora".
A revisão do processo de progressão na carreira é uma das reivindicações comum a todos os profissionais. Mas também a subida dos salários e admissão de mais pessoal vai ser discutida.