Presenças falsas, senhas partilhadas, viagens pagas em duplicado, moradas longínquas: o que se passa em São Bento é mesmo uma piada. Pedimos a Vasco Gargalo para a ilustrar em cartoon.
Nas últimas semanas, a incoerência das coisas proibidas que na Assembleia se podem fazer (e continuar a fazer) atingiu de vez o nível humorístico. Já só se ilustra com um cartoon. As imagens de Vasco Gargalo para ilustrar o fenómeno não são ficção – ainda que pareçam. Feliciano Barreiras Duarte (PSD) saiu mesmo do parlamento a correr, e ainda assim conseguiu votar o orçamento, já não estando lá. Mão amiga (a de Mercês Borges) providenciou. A deputada Emília Cerqueira (PSD) marcou presença ao colega José Silvano, e confessou depois que não foi feito único, portanto "quem de vós nunca partilhou uma password?" que atire a primeira pedra (que se saiba não ocorreu apedrejamento, nem em sentido politicamente figurado). Carlos César, líder parlamentar do PS, prega a ética, garantindo que se os seus deputados se portassem assim já não teriam ali lugar, mas também ele recebia (recebe?) os 500 euros semanais que a AR lhe dá para voar até Ponta Delgada e depois ainda ia (vai?) – pelo seu pé, que se voava não sabemos – levantar aos CTT o subsídio de mobilidade. Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, não vê que ele tenha infringido lei nenhuma. Quiçá, mas mesmo assim há aqui qualquer outra coisa que parece ter sido violada.
Quando o Parlamento é para rir: faltas, viagens e outros casos
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Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.
Governo perdeu tempo a inventar uma alternativa à situação de calamidade, prevista na Lei de Bases da Proteção Civil. Nos apoios à agricultura, impôs um limite de 10 mil euros que, não só é escasso, como é inferior ao que anteriores Governos PS aprovaram. Veremos como é feita a estabilização de solos.
"O cachecol é uma herança de família," contrapôs a advogada de Beatriz. "Quando o casamento terminou, os objetos sentimentais da família Sousa deveriam ter regressado à família."