Sábado – Pense por si

Quando o Chega pisca o olho à estética das ditaduras

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 26 de maio de 2023 às 20:00

Anuncia “cerco”, compõe hino para um novo regime, levanta o braço em riste: Ventura não é salazarista, mas pisca o olho, uma e outra vez, a quem gosta da ditadura.

O Chega não se diz fascista ou salazarista, mas o seu líder sabe evocar a sua simbologia. Uma série de acasos ou um namoro propositado, ainda que nunca assumido? “Cercos” a partidos, marchas sobre Lisboa, lemas quase iguais ao Estado Novo: o que está por trás destas aproximações? À SÁBADO, fonte oficial do partido de André Ventura não respondeu. Riccardo Marchi, politólogo especialista na direita radical portuguesa, autor do livro A Nova Direita Anti-Sistema: O Caso do Chega, aponta como parte da construção da identidade do partido como um “patchwork em formação”, uma manta de retalhos ideológica que quer assumir o seu eleitor salazarista, “parte integrante de qualquer direita conservadora portuguesa”, mas sem reivindicar totalmente a ideologia.

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