Sociais-democratas querem que os debates e projetos de lei baixem à comissão sem votação, para que seja feito um debate mais alargado.
OPSDapresentou hoje o seu projeto de lei de bases da saúde, que assenta na cooperação entre setores público, privado e social, e espera conseguir, em comissão, consensos sobretudo com PS e CDS-PP.
O debate parlamentar da proposta de lei do Governo e dos restantes partidos está marcado para 23 de janeiro e a expectativa dos sociais-democratas é que todos os diplomas possam baixar sem votação à discussão na comissão.
"A perspetiva que temos é que os debates e projetos de lei baixem à comissão sem votação, para que na comissão se faça um debate mais detalhado, mais alongado, mais técnico, ouvindo pessoas", defendeu o vice-presidente da bancada do PSD Adão Silva, em conferência de imprensa na sede nacional do PSD, em Lisboa.
Ao longo de uma hora, o diploma do PSD -- de 58 páginas e que propõe 62 bases para a saúde -- foi apresentado, além de Adão Silva, pelo coordenador do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD e ex-ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, e pelo deputado Ricardo Baptista Leite.
Escusando-se a responder se o PSD estaria disponível para viabilizar a lei do Governo tal como está, Adão Silva defendeu que possa haver uma negociação, fazendo um apelo sobretudo ao PS e ao CDS-PP para que vão "ao encontro" do diploma do PSD.
Dizendo não excluir ninguém, o deputado considerou, contudo, mais difíceis entendimentos com PCP e BE, que considera defenderem uma "lógica estatizante" da saúde.
"O PSD está apostado em ser o centro do debate e capaz de fazer confluir em torno do nosso projeto a proposta do Governo e do CDS", afirmou, recordando que a atual lei tem quase 30 anos, é da responsabilidade de um Governo PSD de Cavaco Silva, e serviu a vários tipos de executivo.
No seu projeto de lei, segundo Luís Filipe Pereira, o PSD defende que "o sistema público e o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve ser o garante da proteção dos cidadãos na doença", mas colocar "o cidadão no centro".
"No entanto, o SNS deve continuar a coexistir com setores social e privado, cooperando com estes na realização da prestação pública de saúde sempre que existam ganhos de saúde para a população e se possam reduzir os encargos para os contribuintes", defendeu, salientando que a cooperação tem de assentar "em regras de transparência e imparcialidade e numa rigorosa fiscalização".
Para o ex-ministro de Saúde, "o PSD sempre recusará, enquanto partido personalista e reformista, qualquer modelo político de pendor estatizante que tenda a concentrar no Estado a totalidade das prestações publicas de saúde".
PSD espera conseguir consenso com PS e CDS-PP para nova lei de bases da Saúde
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."