Alteração permitia aos trabalhadores acumularem as horas de formação não utilizadas sem limite temporal.
O PS mudou, esta quarta-feira, o seu sentido de voto permitindo assim chumbar a proposta do PCP de alteração à lei laboral que permitia aos trabalhadores acumularem as horas de formação não utilizadas, sem limite temporal.
As alterações ao Código do Trabalho propostas pelo Governo e pelos partidos estão a ser votadas no âmbito no grupo de trabalho parlamentar de revisão da lei laboral, que continuará na quinta-feira as votações indiciárias.
As votações de hoje começaram com o deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro a anunciar a correção do sentido de voto relativo a esta norma proposta pelo PCP que tinha sido votada favoravelmente pelos socialistas na anterior sessão, para abstenção.
Com a mudança do sentido de voto, a norma passou de aprovada para rejeitada, com a deputada do PCP Rita Rato a registar como "negativa a inversão desta posição do PS".
A proposta do PCP passava por revogar o artigo da lei laboral que estabelece que "o crédito de horas para formação que não seja utilizado cessa passados três anos sobre a sua constituição".
Assim, com o recuo dos socialistas, a regra mantém-se no Código do Trabalho.
Segundo a lei, as horas de formação que não sejam asseguradas pelo empregador transformam-se em crédito de horas, conferindo direito a retribuição em caso de saída da empresa, por exemplo.
Apesar deste recuo dos socialistas, a proposta do PCP que foi aprovada na sessão anterior - que aumenta de 35 para 40 o número mínimo de horas de formação anual que o trabalhador tem direito - mantém-se.
Foi ainda aprovada na sessão de hoje, com os votos do PS, BE, PCP e PSD, o fim do banco de horas individual, com o CDS a abster-se nesta matéria. Também obteve "luz verde" o banco de horas grupal previsto na proposta do Governo, embora alguns pontos tenham sido adiados para a próxima votação.
O grupo de trabalho que foi criado no âmbito da Comissão de Trabalho e Segurança Social sobre a revisão da lei laboral continua o processo de votações indiciárias na quinta-feira.
Estas votações serão depois confirmadas em sede de comissão, antes de o diploma final subir a plenário para votação final global, o que deverá acontecer antes de o parlamento encerrar para férias, em 19 de julho.
PS muda voto e chumba proposta do PCP sobre acumulação de horas de formação
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O descontentamento que se vive dentro da Polícia de Segurança Pública resulta de décadas de acumulação de fragilidades estruturais: salários de entrada pouco acima do mínimo nacional, suplementos que não refletem o risco real da função, instalações degradadas e falta de meios operacionais.